Joãozinho Félix é investigado por contratações via inexigibilidade de licitação que somam R$ 200 mil
O delegado Geórgio Macêdo do Nascimento e Negreiros, da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Maior, solicitou à Justiça a prorrogação do prazo de investigação contra o prefeito do município, Joãozinho Félix, por supostas contratações irregulares de bandas via inexigibilidade de licitação. O pedido foi feito ao juízo da Central Regional de Inquéritos II, polo Teresina interior, no dia 9 de abril.
Joãozinho Félix, prefeito de Campo Maior (Foto: Reprodução/Facebook)
A apuração gira em torno de um inquérito aberto a pedido da 4ª Promotoria de Justiça de Campo Maior, após denúncia do vereador Zacarias Gondin Lins Neto (Republicanos). O parlamentar acusa o prefeito de contratação direta ilegal e frustração de caráter competitivo de licitação — crimes previstos nos artigos 337-E e 337-F do Código Penal, com penas que variam de quatro a oito anos de reclusão, além de multa.
Segundo a denúncia, o prefeito teria contratado três atrações musicais para o aniversário da cidade, em 2022, mesmo com o município enfrentando graves dificuldades financeiras. Os contratos somaram R$ 200 mil e foram firmados com as empresas Avine Vinny Produções, ICZ Gravações (representando Zé Cantor) e Real Produções Eventos, para apresentação da banda Forró Real.
Além da questão contratual, o vereador relatou um cenário de crise fiscal e administrativa: professores e servidores da educação com restrição de crédito por falta de repasse de consignados à Caixa Econômica, atrasos salariais de comissionados e falta de medicamentos para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos postos de saúde.
O delegado assumiu a titularidade da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Maior em janeiro deste ano e alega que a prorrogação é necessária para aprofundar a investigação diante da complexidade dos fatos denunciados.