Teve início às 10h desta sexta-feira (23/05), no Fórum da Cidade Judiciária de Parnaíba, o Júri Popular de Francisco Jefferson da Silva Cruz, mais conhecido como “Anjo da Morte”. Ele é acusado de tentativa de homicídio qualificado contra o advogado André de Almeida Sousa e Silva, filho do desembargador Hilo de Almeida Sousa, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).

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De acordo com a denúncia do Ministério Público, representado pelo promotor Silas Sereno Lopes, Francisco é integrante da facção criminosa Comando Vermelho e responde por tentativa de homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil, meio cruel, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O crime aconteceu após uma discussão em um bar, quando Francisco Jefferson atirou no rosto do advogado. A vítima ficou gravemente ferida e perdeu a visão de um dos olhos. “Ele (vítima) perdeu praticamente a visão dos dois olhos, um dano irreparável. Ele não quis vir ao plenário, até pela violência do caso, mas nós apresentamos os laudos e o prontuário médico”, destacou o promotor.

Durante o julgamento, o réu alegou legítima defesa, enquanto o Ministério Público sustenta que houve intenção clara de matar. “Esperamos que o conselho de sentença acolha a tese do Ministério Público e que o acusado seja condenado”, frisou Silas Sereno.

Entenda o caso:

Na madrugada de 22 de março de 2023, no bar “Gela Guela”, próximo à Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), André de Almeida, ao tentar acessar o banheiro, foi impedido porque Francisco Jefferson estava no local e trancou a porta. Sem alternativa, a vítima urinou atrás de uma planta.

A situação gerou revolta em duas mulheres que acompanhavam Francisco — Ana Caroline Lins de Carvalho e Jordania Santos Carneiro de Brito — que começaram a xingar o advogado. Na volta para sua mesa, André foi seguido pelas mulheres, e a discussão escalou.

Francisco Jefferson, então, se aproximou, empurrou a vítima e iniciou uma breve luta corporal. Em seguida, sacou uma arma e atirou no rosto do advogado, que caiu, gravemente ferido. Após o crime, Francisco fugiu com apoio das mulheres, utilizando a Rua Santa Cecília, no bairro Pindorama, como rota de fuga.