A informação foi compartilhada pelo secretário de Fazenda, Emílio Júnior, durante audiência pública
Com dívida de R$ 14 bilhões somente de empréstimos, o Governo do Piauí não pode providenciar mais operações de crédito com o aval do Tesouro Nacional. A informação foi compartilhada pelo secretário de Fazenda, Emílio Júnior, durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nesta segunda-feira, 23.
“Apesar de o Estado ter capacidade de endividamento, alguns indicadores comprometem a possibilidade de fazer novos empréstimos com garantia do Tesouro Nacional”, informou a assessoria de comunicação da Alepi por meio de matéria veiculada no portal de notícias do próprio legislativo. Não há informação sobre o prazo estipulado pelo Governo para resolver a situação.
Prédio do Palácio de Karnak, prédio do executivo piauiense (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)
O gestor destacou, também na reunião, que as receitas do Executivo piauiense cresceram 4,31%, e que as despesas subiram 12,29% no comparativo entre os primeiros quatro meses de 2024 e os de 2025.
Segundo ele, o fato se deu, dentre outras coisas, devido ao cenário nacional, de incertezas, já que o orçamento do Piauí é bastante dependente dos repasses do Governo Federal.
O secretário de Fazenda do Estado do Piauí, Emílio Júnior (Foto: Teresina FM)
“Em um patamar de uma receita de R$8,4 bilhões, o que é de impostos estaduais é somente de 27% da nossa receita realizada. 41% vem das transferências constitucionais. Então, o Estado ainda é muito dependente das transferências e quando nós temos algum indicador de alguma crise federal isso nos preocupa”, alertou Emílio Júnior.
O secretário apontou a queda nos recursos captados para a Saúde como um indicador desse cenário desafiador. De acordo com ele, o Governo Federal repassou ao Executivo estadual em 2025 25% do valor enviado em 2024.
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