Jacaré termina segunda temporada na 16ª colocação, com 21 pontos conquistados, a apenas dois de distância do Z-4
A participação do Altos na Série C do Brasileirão de 2022 chegou ao fim no último sábado (13). O Jacaré foi goleado pelo São José, fora de casa, por 4 a 1, e se despediu da competição em 16º lugar, uma posição acima da zona de rebaixamento à Quarta Divisão.
Os gols da equipe gaúcha foram marcados por Mazola, Maradona, Gabriel Lima e Crystopher. Nos acréscimos finais, Danillo Bala descontou para o Alviverde. Apesar da vitória, o São José dependia de outros resultados para avançar ao quadrangular do acesso; teve de se contentar com a 11ª colocação.
Jacaré escapou do risco de queda com uma rodada de antecedência (Foto: Samuel Pereira)
Embora o último compromisso tenha deixado um gosto amargo, o Altos pode celebrar mais um ano de permanência na Terceirona. Somou os mesmos 21 pontos da temporada de estreia, em 2021, e ficou a dois de distância do Atlético-CE, primeiro clube do Z-4.
Na edição anterior, o sistema de disputa era diferente: ao invés de turno único com os 20 clubes se enfrentando entre si – mudança implementada neste ano -, as equipes eram divididas em dois grupos regionalizados, com dez integrantes cada. À época, o Jacaré terminou em 7º lugar, a duas posições da degola.
Em 2022, o Alviverde viveu altos e baixos: eliminação diante do Parnahyba nas semifinais do Campeonato Piauiense; queda na primeira fase da Copa do Nordeste; confrontos históricos com o Flamengo na Copa do Brasil; e, na Série C, de um péssimo início, sob risco de rebaixamento, à remontada que garantiu a continuidade.
Ao todo, o time foi comandado por cinco técnicos diferentes: abrindo os trabalhos, Evandro Guimarães disputou oito partidas e venceu três; foi despedido ainda na fase inicial do Estadual, após um empate sem gols com o 4 de Julho.
Em seu lugar, a diretoria do Altos anunciou Carlos Rabelo. Sob seu comando, o Jacaré, além de desperdiçar a chance de defender o título do Piauiense, venceu oito de 18 jogos. Foi sacado do cargo depois da derrota, por 3 a 1, para o Botafogo-SP, na estreia pela Terceirona.
Fernando Tonet, técnico do Altos (Foto: Lourrany Meneses)
Na sequência, a passagem relâmpago de Agnaldo Liz: bastou duas derrotas, incluindo uma goleada de 4 a 1 sofrida para o Figueirense, para que o presidente licenciado Warton Lacerda mandasse embora o bicampeão estadual com o Atlético-BA.
Quem assumiu a responsabilidade de enfrentar o Flamengo na terceira fase da Copa do Brasil foi o folclórico Francisco Diá, que somou apenas uma vitória em cinco jogos. Ao sair, o treinador disse poucas e boas sobre o elenco e a diretoria do Altos, que deu uma alfinetada quando o Ferroviário, equipe seguinte de Diá, foi rebaixada à Série D.
A constância veio, finalmente, com um nome conhecido: Fernando Tonet. Ícone na campanha do acesso à Terceirona em 2020, o técnico tomou as rédeas do Alviverde e tirou o clube da zona de rebaixamento, com direito a sequência invicta de sete partidas. Graças ao professor, a Manga Mecânica escapou da queda com uma rodada de antecedência.
Além da Série C, o calendário do Altos contará, em 2023, com a disputa do Campeonato Piauiense. Há ainda a possibilidade de vaga na Copa do Nordeste: a equipe está classificada para a fase preliminar, que ainda não teve datas ou confrontos anunciados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A Copa do Brasil, que rendeu premiações milionárias ao Jacaré neste ano, não está nos horizontes do clube para a próxima temporada. Outra certeza é a permanência de Tonet, que já acertou com a diretoria a extensão do contrato até meados do ano que vem.