A FMS comunicou que vai questionar o movimento dos médicos na Justiça
Matéria de Luciano Coelho (com colaboração de Lilian Oliveira)
Após assembleia extraordinária, os médicos do Piauí (Simepi) decidiram paralisar as atividades em todos os hospitais públicos na terça-feira (16). O movimento é um protesto contra cortes nos salários e a falta de concurso público para a categoria.
Segundo o Sindicato dos Médicos (Simepi), funcionarão somente os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais públicos de Teresina e também do Estado.
Em entrevista ao JT2 da Teresina FM, nesta quinta-feira (11), o presidente do Simepi, Samuel Rego, informou que a classe vem enfrentado “problemas nos vínculos de trabalhos precários, resultado de sucessivos processos seletivos realizados pelas prefeituras e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi)”. De acordo com ele, também foram retiradas a insalubridade e houve uma redução de 30% no pagamento dos plantões.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) comunicou que vai questionar o movimento dos médicos na Justiça. O presidente da Fundação, Gilberto Albuquerque, afirmou, em entrevista a Teresina FM, que aguarda a entrega de documentos para adotar as medidas cabíveis. “Não podemos deixar a população sem atendimento”, disse.
Frisou ainda que a insalubridade não depende da FMS. Ele destacou que os médicos que trabalham em condições insalubres têm um acréscimo de 20% no salário durante a pandemia e os que continuam trabalhando no setor Covid recebem 40% a mais.
Conforme o gestor, os plantões seguem a mesma regra do setor Covid, quem atua nos setores normais tiveram uma redução de 30% no valor pago. Sobre a realização de concurso público, Gilberto alegou que a realização desses certames está proibida por lei para não haver acréscimo de qualquer despesa.