Queimar o livro religioso é visto pelos muçulmanos como um ato de blasfêmia porque o consideram a palavra literal de Deus.
O refugiado iraquiano Salwan Momika, de 38 anos, conhecido por queimar o Alcorão em frente a uma mesquita na Suécia, foi morto a tiros na noite de quarta-feira (29) em Sodertalje, perto de Estocolmo.
Momika foi baleado dentro de um apartamento, segundo a emissora pública SVT. No momento do ataque, ele fazia uma transmissão ao vivo no TikTok. A polícia sueca informou que cinco pessoas foram presas, mas não confirmou se o atirador está entre elas.
Salwan Momika protesta do lado de fora de uma mesquita em Estocolmo, em 28 de junho de 2023 — (Foto: Jonathan Nackstrand/AFP)
A morte ocorreu horas antes do veredicto de seu julgamento, que foi adiado. Em julho de 2023, Momika e Salwan Najem queimaram páginas do Alcorão em um protesto em Estocolmo, gerando forte reação internacional. A ação havia sido inicialmente autorizada como um ato de liberdade de expressão, mas posteriormente foi investigada por incitação contra um grupo étnico.
O Serviço de Segurança sueco monitora o caso para avaliar possíveis impactos na segurança do país.