O Ministério da Justiça lançou o Observatório da Violência Contra Jornalistas, com o objetivo de monitorar casos de agressão e abuso contra profissionais da comunicação. O observatório será uma ferramenta essencial para criar um banco de dados sobre esses casos e servir de canal de diálogo entre jornalistas e o Estado, com foco no desenvolvimento de políticas públicas específicas e no apoio a investigações.

Lula Marques/ Agência Brasil

A criação do observatório foi uma demanda histórica da sociedade civil, incluindo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). A presidente da Fenaj, Samira de Castro, destacou a importância de uma abordagem do Estado para garantir a segurança dos jornalistas, especialmente após o aumento da violência na gestão anterior. A iniciativa também visa a proteção de comunicadores populares, como jornalistas de regiões mais isoladas, que frequentemente enfrentam ameaças.

Além disso, o observatório enfrentará a crescente presença do pseudojornalismo, especialmente após a decisão do STF que retirou a obrigatoriedade do diploma de jornalismo. A Fenaj, que defende a profissionalização da área, aponta que a retirada do diploma contribuiu para a banalização da profissão, o que pode gerar consequências negativas para a sociedade. A partir da criação do observatório, a expectativa é que o Estado contribua para combater práticas criminosas, como a disseminação de intolerância e desinformação nas redes sociais.

Com uma composição de membros do governo e da sociedade civil, o observatório promete ser uma ferramenta crucial para garantir a liberdade de imprensa e proteger os profissionais da área.

Com informações da Agência Brasil