20/04/2025

Geral

TRE-PI mantém prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros

Juiz relator votou pela soltura com medidas cautelares, mas maioria do TRE-PI decidiu manter a prisão da parlamentar

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Publicado por: Lilian Oliveira 14/04/2025, 15:59

A audiência foi realizada por videoconferência nesta segunda-feira (14) e transmitida ao vivo pelo canal oficial do TRE-PI no YouTube. Na ocasião, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) decidiu, por maioria de votos, manter a prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros, que segue custodiada em uma sala do Comando Geral da Polícia Militar do Estado.

O relator do pedido de habeas corpus, juiz José Maria de Araújo Costa, votou favoravelmente à soltura da parlamentar, propondo a substituição da prisão por medidas cautelares, como a proibição de viajar, de utilizar redes sociais, de frequentar ambientes noturnos e de retornar às atividades parlamentares.

Tatiana Medeiros – Reprodução/Internet

No entanto, o voto divergente, apresentado pelo desembargador Ricardo Gentil Eulálio, foi seguido pela maioria do plenário. Ele destacou, entre os argumentos, indícios de tentativa de envolvimento de facções criminosas em diferentes setores da sociedade, o que justificaria a manutenção da prisão.

Com a maioria dos votos contrários, o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa da vereadora foi negado, e sua prisão preventiva mantida.

Entenda

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), eleita nas eleições municipais de 2024, é investigada pela Polícia Federal sob suspeita de ter recebido mais de R$ 1 milhão do crime organizado, especificamente do tráfico de drogas, para financiar sua campanha. As informações fazem parte do inquérito da Operação Escudo Eleitoral e foram divulgadas no dia 4 de abril.

O valor teria sido repassado por Alandilson Cardoso Passos, ex-namorado da parlamentar e investigado por integrar uma facção criminosa. Em mensagens trocadas entre os dois, Alandilson cobra o montante investido na campanha, e Tatiana responde afirmando que venderia o carro para pagar a dívida.

Esquema revelado por mensagens

Além da troca de mensagens, o inquérito revela que Alandilson negociava veículos roubados, repassava recursos a membros de facções e chegou a realizar uma transferência de R$ 10 mil para custear uma carga de drogas, enviando inclusive fotos do entorpecente e chaves Pix.

Em conversa datada de 24 de outubro de 2024, Alandilson afirma a um amigo ter investido mais de R$ 1 milhão na campanha de Tatiana Medeiros. A Polícia Federal também encontrou comprovantes de votação e mensagens de eleitores cobrando pagamentos, o que reforça a suspeita de compra ilícita de votos.

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Matéria de Luciano Coelho e Lilian Oliveira

 

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