Em encontro no Vaticano a menos de 24 horas para o início do conclave, clérigos ‘reafirmaram que muitas das reformas promovidas pelo papa Francisco devem ser continuidadas’, segundo Vaticano
“Entre os principais temas que emergiram, esteve a reafirmação de que muitas das reformas promovidas pelo Papa Francisco precisam ser continuadas: o combate aos abusos, a transparência econômica, a reorganização da Cúria, a sinodalidade, o compromisso com a paz e o cuidado da criação. A responsabilidade da Igreja nessas áreas é profundamente sentida e compartilhada”, disse o Vaticano, em comunicado nesta manhã.
Também nesta manhã, os cardeais, que atravessam ruas de Roma em direção ao Vaticano, cercado de jornalistas, fiéis e turistas, mostraram-se mais fechados que nos dias anteriores.
Cardeais Gerhard Ludwig Mueller, Giuseppe Versaldi e Lorenzo Baldisseri atravessam rua a caminho da última reunião dos clérigos antes do conclave, em 6 de maio de 2025 (Foto: Dylan Martinez/ Reuters)
“Rezem por nós, isso é tudo o que precisamos”, disse o cardeal nigeriano Peter Ebere Okpaleke.
Na reunião desta terça, os cardeais passarão o dia a portas fechadas, e, no fim do dia, o Vaticano deve dar pistas do que foi discutido no encontro. Na segunda-feira (5), os clérigos debateram o perfil de como acreditam que deve ser o perfil do novo líder da Igreja Católica: próximo, presente, um “guia” para fiéis e que dê continuidade à agenda de reformas de Francisco.
Também nesta terça, os 133 cardeais votantes começarão a se instalar na residência de Santa Marta, no Vaticano, para o início do conclave.
Se os cardeais da Igreja Católica não tiverem escolhido um novo papa até o terceiro dia do conclave, que começa na quarta (7), então as coisas não estarão saindo como planejado.
Conclaves curtos, encerrados em poucos dias, projetam uma imagem de unidade, e a última coisa que os cardeais de vestes vermelhas querem é dar a impressão de que estão divididos e que a Igreja está à deriva após a morte do Papa Francisco, no mês passado.
“No máximo três dias”, previu com confiança nesta semana o cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chavez, antes da votação secreta que ocorrerá na Capela Sistina.
Fonte: G1