21/05/2025

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Fumaça rosa: ativistas protestam em Roma contra conclave exclusivamente masculino

Durante seu papado, Francisco ampliou a participação feminina ao fazer nomeações inéditas de mulheres para cargos de confiança, no entanto elas ainda estão fora de postos de poder

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Publicado por: Lilian Oliveira 07/05/2025, 15:35

Um grupo de ativistas fez um protesto contra a ausência de mulheres no Vaticano e mais um conclave exclusivamente masculino, soltando fumaça rosa em um ponto de Roma com vista para o Vaticano, nesta quarta-feira (7).

Mulheres soltam fumaça rosa em protesto contra conclave sem representatividade feminina (Foto: REUTERS/Matteo Minnella)

Kate McElwee, diretora-executiva da Conferência de Ordenação de Mulheres, um dos grupos responsáveis pela manifestação, lamentou que a falta de representação feminina na cúpula de poder da Igreja Católica:

“Isto é um pecado e um escândalo. E por isso estamos aqui, levantando a fumaça rosa, como um sinal de esperança de que a Igreja possa trabalhar rapidamente para trazer as mulheres como iguais em todas as áreas da vida da Igreja. Um sinal de que a Igreja precisa mudar rapidamente, que este é realmente um momento decisivo e que muitas mulheres estão olhando para o conclave e para o futuro da Igreja e se perguntando: há um lugar para mim aqui?”.

Em 2013, quando começou o conclave que escolheu o papa Francisco, o grupo de católicas fez o mesmo tipo de manifestação. Fora do Vaticano, com a basílica ao fundo, elas defenderam que mulheres também possam ser ordenadas e participem da escolha do pontífice. Outras, mais ousadas, protestaram com os seios à mostra pelo casamento gay.

Mulheres nomeadas por Francisco em funções de destaque no Vaticano

Durante os 12 anos do papado de Francisco, as nomeações de mulheres para cargos de liderança aumentaram, confirmando o desejo já expresso por ele de dar às mulheres um lugar maior em posições de liderança na Igreja Católica.

De acordo com dados da Vatican News, as mulheres representavam 19,2% dos funcionários do Vaticano em 2013. O número subiu para 23,4% nos primeiros 10 anos do pontificado de Francisco.

Segundo a pesquisa, o número de mulheres que trabalham na Santa Sé e na administração do Estado da Cidade do Vaticano teve um salto de 846 para 1165. Historicamente, a nomeação de mulheres para altos cargos começou com Paulo VI e, após um longo hiato, foi somente em 2004 que João Paulo II nomeou uma subsecretária.

Mesmo com nomeações inéditas para cargos de destaque no Vaticano e o direito de voto em reuniões globais de bispos, o papa Francisco não ultrapassou a fronteira para a ordenação de mulheres como sacerdotes, nem mesmo para se tornarem diaconisas.

Fonte: g1

 

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