19/07/2025

Geral

Secretaria de Segurança realiza prisões por grilagem de terras no sul do estado

Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, desmatamento ilegal, invasão de terras públicas, destruição e danos a florestas protegidas e à Mata Atlântica

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Publicado por: Lilian Oliveira 23/05/2025, 15:03

A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), por meio das ações do Pacto pela Ordem, realizou duas prisões relacionadas a crimes de grilagem de terras no sul do estado. A operação foi fruto de uma ação integrada que contou com a participação das Polícias Civis do Piauí, Paraná e Mato Grosso, da Polícia Militar do Mato Grosso e da Superintendência de Operações Integradas (SOI) da SSP-PI.

Foto: Divulgação/PC-PI

As diligências ocorreram na última quarta-feira (21), em Rondonópolis (MT), e nesta sexta-feira (23), em Cascavel (PR), com o cumprimento de mandados de prisão temporária contra J.M.D. e R.M., respectivamente gerente e proprietário da Fazenda Mundo Novo, situada entre os municípios piauienses de Manoel Emídio e Alvorada do Gurguéia.

As investigações começaram em 2024, após a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR) receber denúncias sobre práticas de crimes ambientais e grilagem na região. Em uma primeira etapa da operação, dois tratoristas foram presos em flagrante ao serem encontrados desmatando ilegalmente a área.

“Durante os depoimentos, os trabalhadores afirmaram ter sido contratados pelo gerente da fazenda para realizar o desmatamento, mas alegaram desconhecer que se tratava de terras públicas”, explicou o delegado Willame Moraes, responsável pelo caso. A polícia também informou que J.M.D. já havia sido preso por porte ilegal de armas em 2023, durante outra operação.

Uma auditoria do Instituto de Terras do Piauí (INTERPI) constatou que 1.432 hectares de terras públicas estavam sendo desmatados ilegalmente, incluindo 333 hectares de Mata Atlântica, considerada área de preservação permanente.

“Recebemos diversas denúncias sobre o caso. Além da grilagem, há indícios de crimes como ameaça, porte ilegal de armas e incêndio criminoso. O esquema inclui falsificação de documentos e corrupção de servidores públicos para regularizar e vender as terras ilegalmente com altos lucros. No entanto, essas terras pertencem ao Estado”, destacou o delegado.

Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, desmatamento ilegal, invasão de terras públicas, destruição e danos a florestas protegidas e à Mata Atlântica. Ambos foram levados para prestar depoimento e permanecem à disposição do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí para os procedimentos legais cabíveis.

 

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