Em entrevista ao Jornal da Teresina, 2ª edição, nesta segunda-feira (9), a psicóloga Nayane Carvalho chamou atenção para a importância de reconhecer sinais de sofrimento emocional e acolher, com empatia e responsabilidade, pessoas que enfrentam momentos difíceis. Segundo a profissional, falar sobre saúde mental é essencial e deve ser feito com cuidado, respeito e sensibilidade.

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De acordo com a profissional, não existe um único motivo para uma pessoa chegar ao limite do sofrimento psíquico. A causa pode envolver uma combinação de fatores, como traumas, transtornos mentais, dependência química, questões afetivas, financeiras ou até predisposição genética. Por isso, Nayane reforça que o mais importante é o acolhimento, e não o julgamento. “A pessoa quer ser ouvida, compreendida, e não questionada ou criticada”, afirmou.

Entre os sinais de alerta mais comuns, Nayane destacou o isolamento social, mudanças bruscas de comportamento, perda de interesse por atividades antes prazerosas, falas como “não vejo mais sentido na vida” e descuido com a aparência. “É preciso observar com atenção. Amigos, familiares e colegas de trabalho são fundamentais nesse processo, porque estão próximos e podem perceber essas mudanças no dia a dia”, orientou.

Questionada sobre a melhor forma de agir, a especialista orienta que o ideal é escutar com atenção, demonstrar presença e sugerir ajuda profissional, sem impor julgamentos. Ela lembra que muitas vezes a escuta atenta pode ser o primeiro passo para salvar vidas. “Quando alguém fala sobre sofrimento, não é para chamar atenção. É um pedido de socorro”, reforçou.

Em casos como esses, é importante procurar ajuda especializada. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuitamente pelo número 188, funcionando 24 horas por dia. Unidades de saúde, CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e hospitais com atendimento psicológico também são caminhos.