Em entrevista ao Jornal da Teresina – Segunda Edição, nesta terça-feira (10), a médica radioterapeuta Paula Melo destacou a importância da Radioterapia Integrativa, uma abordagem que alia o tratamento convencional do câncer com práticas complementares voltadas para o bem-estar global do paciente.

Foto: Divulgação/Teresina FM

Com mais de 15 anos de experiência em oncologia, Paula Melo defende uma medicina que vai além do combate ao tumor. Para ela, é fundamental considerar o estado físico, emocional e até espiritual do paciente, bem como o contexto familiar em que está inserido. “A genética representa apenas de 10 a 15% dos casos. O resto é como a gente vive”, enfatiza.

A especialista alerta para o crescente número de diagnósticos de câncer em pessoas mais jovens, muitas vezes associados ao estilo de vida moderno. Fatores como má alimentação, privação de sono, sedentarismo, além do consumo excessivo de álcool e cigarro, têm grande influência no desenvolvimento da doença.

A Radioterapia Integrativa busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir os efeitos colaterais do tratamento e favorecer a recuperação de forma mais ampla. Técnicas como meditação, acupuntura, nutrição funcional, apoio psicológico e atividade física supervisionada podem ser associadas à radioterapia convencional para um cuidado mais completo.

Paula Melo também destacou os avanços tecnológicos na área, como a maior precisão na aplicação da radiação e o uso de terapias inteligentes. “Hoje temos recursos que nos permitem ser mais eficazes e menos agressivos ao corpo”, explicou.

A médica reforçou ainda a importância do diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura”, concluiu.