19/07/2025

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Medicamentos para diabetes são eficazes e seguros, mas médicos alertam: não devem ser usados por modismo

Apesar da alta procura, o médico reforça que a prescrição deve ser individualizada

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Publicado por: Lilian Oliveira 17/06/2025, 14:52

Medicações originalmente indicadas para o tratamento do diabetes têm sido cada vez mais utilizadas como método de emagrecimento. A prática, impulsionada por modismos nas redes sociais, preocupa especialistas. Médicos alertam que, embora eficazes e seguras quando bem indicadas, essas medicações não devem ser usadas por conta própria.

Foto: Divulgação/Teresina FM

Em entrevista ao Jornal da Teresina – 2ª Edição, nesta terça-feira (17), o endocrinologista André Gonçalves explicou que esses medicamentos trazem diversos benefícios quando utilizados de forma correta, com orientação médica.

“Além de controlar o diabetes, essas medicações ajudam na perda de peso, melhoram a apneia do sono, a gordura no fígado, o colesterol, a pressão arterial e até diminuem o risco de infarto e AVC”, afirmou.

O problema, segundo o especialista, é o uso indiscriminado. Ele destaca que, com a popularização nas redes sociais, muitos pacientes já chegam ao consultório com o medicamento em mãos, buscando apenas a orientação de uso.

“As pessoas veem na internet, compram e querem começar o tratamento por conta própria. Isso é perigoso. Essas medicações têm efeitos colaterais e não são para todo mundo”, alerta.

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão náuseas, vômitos, constipação intestinal e aumento do risco de pedras na vesícula, que podem causar crises e até evoluir para pancreatite,  uma condição grave e potencialmente fatal.

O especialista também informou as diferenças entre os medicamentos Ozempic e Monjaro, dois dos mais citados atualmente. Segundo ele, embora ambos tenham efeitos semelhantes, são diferentes. O Ozempic, por exemplo, pertence à classe dos análogos do GLP-1, a mesma do Saxenda e do Victose, usados há mais tempo.

Já o Monjaro, nome comercial da tirzepatida, é um agonista duplo – GLP-1 e GIP – e tem um mecanismo de ação distinto.

Apesar da alta procura, o médico reforça que a prescrição deve ser individualizada. “Quando bem indicadas, são medicações eficazes e seguras. Mas não é porque virou moda que todo mundo pode usar”, finaliza.

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