O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (21) que o país realizou ataques contra o Irã, marcando oficialmente a entrada dos EUA na guerra entre iranianos e israelenses. A ofensiva foi anunciada por Trump em sua rede social, a Truth Social, por volta das 20h50 (horário de Brasília).

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Segundo o republicano, os alvos foram três pontos estratégicos, incluindo dois dos principais centros de enriquecimento de urânio do Irã: a instalação subterrânea de Fordow e a usina de Natanz, já atingida por Israel dias antes. O terceiro alvo fica nas proximidades da cidade histórica de Isfahan, onde, segundo Trump, o Irã armazenaria urânio enriquecido próximo ao grau de armamento.

“Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora da paz!”, escreveu Trump, acrescentando que fará um pronunciamento oficial às 22h, no horário local (23h em Brasília).

Imagem: Truth Social/ Tradução Google

O ex-presidente ainda declarou que o momento é “histórico” para os Estados Unidos, Israel e o mundo, e defendeu que “o Irã deve agora concordar em acabar com esta guerra”.

O ataque acontece em meio à escalada de tensão no Oriente Médio. Na sexta-feira (20), o chefe das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, afirmou que o país se prepara para uma “campanha prolongada” contra o Irã. “Devemos estar prontos para uma campanha prolongada”, disse ele.

Do outro lado, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, condicionou um possível retorno à diplomacia à suspensão dos ataques israelenses, durante reunião com líderes europeus.

Trump, por sua vez, minimizou o papel da Europa na crise. “É improvável que os europeus consigam ajudar a acabar com a guerra entre Irã e Israel”, declarou à imprensa, dizendo ainda ser “difícil” pedir a Israel que cesse os ataques.

Sem apresentar provas, Trump afirmou que o Irã estaria “a semanas ou meses de conseguir uma bomba atômica”. Apesar da ofensiva, garantiu que o envio de tropas terrestres ao Oriente Médio seria sua “última opção”.