Apesar da autorização, o estreito continua aberto
Em entrevista à Teresina FM, o cientista político Elton Gomes explicou por que o Estreito de Ormuz virou o centro das atenções no conflito entre Irã, Israel e Estados Unidos. Por essa faixa de mar, entre o Irã e os Emirados Árabes, passa cerca de 30% do petróleo usado no mundo.
Conflito Irã vs Israel (Foto: Reprodução)
O Parlamento iraniano autorizou o possível fechamento do estreito como forma de resposta aos ataques que o país vem sofrendo. Mas segundo o professor, essa medida pode causar sérios impactos na economia global:
“O petróleo não é só combustível. Ele também é usado na indústria, na química, em materiais plásticos e na construção. Se o Irã fecha Ormuz, afeta o mundo todo.”
Para evitar que isso aconteça, Estados Unidos enviaram navios de guerra para a região e a China pressionou o Irã por meio da diplomacia, já que também depende do petróleo que sai do Golfo Pérsico.
Apesar da autorização, o estreito continua aberto. O professor acredita que a ameaça é mais política do que prática, já que o Irã não tem apoio militar forte e está isolado no cenário internacional.
“Até países que são vizinhos do Irã não concordam com essa medida, porque também seriam prejudicados.”
O conflito se intensificou no dia 13 de junho, quando Israel atacou alvos no Irã, alegando que o país estava perto de produzir uma arma nuclear. A acusação foi baseada em relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica e informações de inteligência.
Em resposta, o Irã atacou alvos israelenses e uma base dos Estados Unidos no Catar. Depois disso, os americanos bombardearam três usinas nucleares iranianas, usando aviões de guerra.
Segundo o professor Elton Gomes, o Irã tem feito ataques pontuais, mas não tem força nem apoio suficiente para entrar numa guerra direta com Israel e os EUA.