Operação que trouxe Nadine Heredia custou recursos públicos, mas valores estão sob sigilo por cinco anos
A Força Aérea Brasileira (FAB) impôs sigilo de cinco anos sobre os custos do voo que trouxe ao Brasil Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, condenada por corrupção no país vizinho. Ela recebeu asilo diplomático do governo Lula (PT) em abril e desembarcou em Brasília no dia 16 daquele mês, em uma aeronave da FAB.
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A FAB foi questionada via Lei de Acesso à Informação (LAI) no dia seguinte à operação. A resposta oficial alegou que os dados são “essenciais para os planos e as operações estratégicas das Forças Armadas” e, por isso, restritos ao público. O sigilo foi confirmado pelo Comando da Aeronáutica no início de junho.
O caso reacendeu críticas da oposição, que contesta tanto a concessão do asilo quanto o uso de recursos públicos para transportar uma figura condenada por corrupção no exterior. Parlamentares cobram explicações do Itamaraty e do Palácio do Planalto.
A polêmica ganhou força nesta quarta-feira (25), quando o Itamaraty informou que o governo federal não cobrirá os custos para o translado do corpo da brasileira Juliana Marins — que morreu após cair durante uma trilha na Indonésia. A família terá de arcar com todos os gastos.