O pedido de soltura da vereadora chegou ao tribunal; relator pode soltá-la com medidas cautelares ou manter prisão, afetando suplência na Câmara
Um juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI) vai avaliar o pedido de habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros, detida na última quinta-feira (3) durante a Operação Escudo Eleitoral da Polícia Federal. A parlamentar é suspeita de integrar organização criminosa e participar de compra de votos.
Tatiana Medeiros – Reprodução/Internet
O recurso, apresentado pela defesa de Tatiana, será distribuído a um relator que já analisa o pedido de restituição dos bens apreendidos. Há duas saídas: concessão liminar da liberdade, mantendo apenas o afastamento do mandato; ou indeferimento, o que manteria a vereadora presa e impediria seu retorno imediato à Câmara. Se o relator não liberar, o caso segue para julgamento no pleno do TRE, formado por sete magistrados.
Em audiência de custódia na sexta-feira (4), o juiz manteve a prisão preventiva de Tatiana. Ela está detida em alojamento da Polícia Militar, no Quartel do Comando‑Geral. A operação cumpriu oito mandados, três deles de prisão em Teresina e Timon (MA), e apreendeu R$ 97 mil em espécie, além de celulares.
As investigações apontam que o padrasto da vereadora, Stênio Ferreira, seria o operador financeiro do esquema. Ele já foi afastado da Secretaria Estadual de Saúde e da Assembleia Legislativa do Piauí. Também são alvos o namorado de Tatiana, Alandilson Passos, com prisão preventiva decretada, e uma assessora da parlamentar, todos suspeitos de crimes eleitorais.
Enquanto isso, o presidente da Câmara de Teresina, Enzo Samuel (PDT), anunciou que consultará o TRE/PI sobre a possibilidade de convocar o suplente Leôndidas Júnior para assumir a vaga, caso Tatiana permaneça afastada por mais de 60 dias, conforme prevê o regimento interno.