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17 de setembro de 2020

 

 

Opinião de

Chico Leal

17.09.20

 

O amar e o amor

 

Érico Veríssimo, grande escritor brasileiro nascido no Rio Grande do Sul, disse certa vez que o amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão…

O amor e o ódio são sentimentos fortes e envolventes.

Embora diferentes, são capazes de despertar emoções intensas e podem habitar o mesmo coração, separados apenas por uma linha bem fina. A diferença é que o amor constrói e o ódio destrói.

O amor é cego, não vê maldade, se orienta pelo coração, joga com carinho, se defende com ternura, se aproxima com ilusão, admira as qualidades e aceita os defeitos.

O ódio enxerga além do que vê, se orienta sem razão, joga com ironia, se defende com agressividade, se aproxima sem se iludir e não acha nada para admirar, porque vê maldade até onde não há.

São como dois lutadores numa batalha incessante, um está sempre à espera da fraqueza do outro para romper a linha e transformar amor em ódio ou ódio em amor.

Amar é melhor do que odiar, sem dúvida.

Vale a pena adicionar uma pequena história neste texto.

O marido foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua mulher e pensava em separar-se.

O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:

– Ame-a!

– Mas, já não sinto nada por ela!

– Ame-a! disse novamente o sábio.

E diante do desconcerto do marido, depois de um breve silêncio, o sábio disse-lhe o seguinte:

– Amar é uma decisão, não apenas um sentimento; amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.

O amor é um substantivo, um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.

Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas, nem por isso, abandone o seu jardim.

Ame seu par, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o.

Isso é tudo. Ame, simplesmente ame!

A inteligência sem amor, te faz perverso.

A justiça sem amor faz você implacável.

A diplomacia sem amor faz você hipócrita.

O êxito sem amor faz você arrogante.

A riqueza sem amor faz você avarento.

A docilidade sem amor, faz você servil.

A pobreza sem amor faz você orgulhoso.

A beleza sem amor faz você fútil.

A autoridade sem amor faz você um tirano.

O trabalho sem amor faz você escravo.

A simplicidade sem amor deprecia você.

A oração sem amor faz você introvertido e sem propósito.

A lei sem amor escraviza você.

A política sem amor deixa você egoísta.

A fé sem amor deixa você fanático.

A cruz sem amor se converte em tortura.

A vida sem amor não tem sentido.

(Do livro Opinião com Chico Leal)

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