Justiça Federal sentenciou Marcus Paz a quase quatro anos de prisão em regime aberto e multa; ele abriu contas falsas para desviar restituições de IR
A Justiça Federal condenou o ex-funcionário da Caixa Econômica Federal (CEF) Marcus Roberto Maciel Paz por orquestrar um esquema que lesou a União em R$ 129.810,14. Tesoureiro da agência de José de Freitas entre 2013 e 2014, Marcus abriu 11 contas “Poupança Fácil” com documentos falsificados para receber restituições indevidas de imposto de renda.
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Segundo a investigação, ele usou sua influência para burlar protocolos de segurança: convenceu funcionários de uma lotérica a abrir as contas com simples cópias de RG, sem checar a veracidade, e depois as converteu em contas poupança comuns, driblando o limite de R$ 2 000 das “Poupança Fácil” e permitindo depósitos maiores.
O processo incluiu provas de um procedimento disciplinar interno da CEF, que o apontou como responsável por saques fraudulentos. Para driblar as restrições de sua própria senha, Marcus chegou a usar as credenciais de colegas, sacando mais de R$ 5 000 em várias ocasiões. Depoimentos de testemunhas — funcionários da Caixa e da lotérica — detalharam como ele explorava a confiança alheia para executar o golpe.
O juiz Gustavo André Oliveira dos Santos, da 1ª Vara Federal do Piauí, fixou a pena em três anos, dez meses e vinte dias de prisão, inicialmente em regime aberto. A sentença, proferida em 21 de janeiro, foi convertida em penas alternativas: prestação de serviços comunitários e pagamento de cinco salários mínimos. Marcus também terá de ressarcir os R$ 129.810,14 com correção monetária.
Como consequência, a Justiça decretou a perda do cargo, já que a pena excede um ano e houve violação de deveres funcionais.