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Polícia

PF deflagra operação e apura desvios de R$ 19 milhões em equipamentos e testes de Covid-19

Há mandados de busca e apreensão sendo cumpridos em Teresina, Picos/PI, Bom Princípio/PI e Timon/MA

Publicado por: Wanderson Camêlo Repórter: Wanderson Camêlo 14/01/2021, 07:53

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU/PI), deflagrou nesta quinta-feira (14) a Operação Onzena, decorrente de investigação que apura fraude em processos licitatórios e superfaturamento em contratos públicos firmados pela Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH), Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (SESAPI), dentre outras instituições públicas, destinados ao combate do coronavírus  e custeados com recursos públicos federais repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Setenta agentes da PF foram mobilizados nessa operação. (Foto: Ascom PF)

A investigação teve início após ampla divulgação pela mídia local e trabalhos de auditoria realizados pelo TCE/PI e CGU/PI acerca de contratações superfaturadas realizadas pela FEPISERH, no valor de aproximadamente R$ 5,5 milhões, e SESAPI na ordem de R$ 30 milhões beneficiando uma empresa específica. Há mandados sendo cumpridos em Teresina, Picos, Bom Princípio e Timon/MA.

No curso das investigações foram analisados processos licitatórios, contratos, processos de pagamentos, notas fiscais, dentre outras diligências, que alinhados apontam um prejuízo efetivo ao erário federal de quase R$ 20 milhões decorrentes de contratos firmados pela FEPISERH e SESAPI.

Alguns veículos foram aprendidos durante as buscas. (Foto: Ascom da PF)

A empresa sob investigação realizou a venda a entes públicos de itens como máscara N95, máscara cirúrgica descartável, dentre outros, em percentual de até 500% superior ao definido na nota técnica 05 da CGE/PI como o praticado no mercado mesmo em período da pandemia. Ainda durante auditoria realizada pelo TCE/PI na sede da SESAPI foi constatada aquisição de testes rápidos para detecção da COVID-19 classificados como “não conformes” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Nesta fase da investigação foram mobilizados 70 policiais federais e 8 auditores/técnicos da CGU/PI para o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão nos estados do Piauí e Maranhão, expedidos pela Justiça Federal no Piauí. O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos de prova que ratifiquem a tese de superfaturamento em contratações públicas realizadas pela FEPISERH e SESAPI no intuito de favorecer empresas específicas, dentre outras práticas criminosas.

Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos  cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de reclusão.   A palavra “onzena” significa juros exorbitante/excessivo e faz referência aos contratos exorbitantes e superfaturados firmados entre entes públicos e empresa com forte atuação nos estados do Piauí e Maranhão.

Em nota, a Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh) informou que está colaborando com as investigações e afirmou que “todos os contratos e procedimentos licitatórios foram transparentes e realizados com apoio de consultas ao Tribunal de Contas do Estado”. Confira a manifestação na íntegra logo abaixo:

A Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh) informa que está colaborando e disponibilizando para os órgãos competentes todas as informações necessárias e documentos para qualquer tipo de investigação. 

Ressalta que, durante a pandemia do novo coronavírus, todos os contratos e procedimentos licitatórios foram transparentes e realizados com apoio de consultas ao Tribunal de Contas do Estado e seguindo as recomendações dos órgãos federais e estaduais como a Controladoria Geral do Estado para que todos os atos obedecessem as normas legais. 

A Fepiserh está segura e irá demonstrar ao final que todos os contratos e procedimentos se deram dentro da legalidade e que os preços são condizentes com o praticado no mercado, não havendo nenhum pagamento de produtos com valores acima da realidade do momento. 

A Fepiserh assegura a legalidade de suas ações se coloca à disposição para todos os esclarecimentos.

Por Wanderson Camêlo, e Luciano Coelho, com informações da PF

Fonte: Ascom PF

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