Alaniel Inácio de Sousa Lima foi sentenciado por executar, a tiros, Kaio Gabriel Cirino de Oliveira, de 19 anos, em ato para “queimar arquivo” e assegurar a impunidade de outros delitos
Na última sexta-feira (7), o Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri condenou Alaniel Inácio de Sousa Lima, apontado como integrante de facção criminosa, a 25 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado. O réu foi responsabilizado pelo homicídio qualificado de Kaio Gabriel Cirino de Oliveira, de 19 anos, que foi executado a tiros em dezembro de 2018. O crime ocorreu em um depósito de água mineral, situado na Avenida Principal do bairro Esplanada, zona sul de Teresina, e foi caracterizado como um ato de “queimar arquivo” para garantir a impunidade de outro delito.
A sentença, proferida pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, acompanhou a tese apresentada pelo Ministério Público do Piauí, por meio dos promotores João Malato Neto e Diego de Oliveira Melo. Segundo a acusação, a execução do jovem no local de trabalho foi motivada por sua colaboração com um inquérito policial que identificava outro criminoso, conhecido como Lane, como autor de um homicídio distinto.
“Este crime gerou grande repercussão na sociedade de Teresina, evidenciando a violência e a impunidade praticadas por integrantes de facções criminosas contra trabalhadores”, enfatizou o promotor João Malato Neto. A investigação apontou que, no dia 12 de dezembro de 2018, Kaio Gabriel foi surpreendido enquanto exercia suas funções no depósito, tendo sido alvejado por seis disparos.
Alaniel Inácio de Sousa Lima, já conhecido na criminalidade da região sul de Teresina e com antecedentes criminais, foi preso em 13 de setembro de 2022 durante diligências do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na ocasião, constatou-se que o réu ainda possuía um mandado de prisão em aberto relacionado ao assassinato de Kaio Gabriel, reforçando o histórico de sua atuação no crime.