A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) recebeu prisão domiciliar
Em relatório apresentado após investigações da Polícia Federal (PF), foi descoberto que a vereadora Tatiana Medeiros, durante sua prisão no Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar, realizou compras online, participou de chamadas de vídeo com o namorado, Alandilson Cardoso Passos, preso em Minas Gerais e apontado como líder da facção criminosa Bonde dos 40, além de pesquisar passagens aéreas e manter contato com seu advogado.
As investigações indicam que, entre os dias 7 de abril e 20 de maio, a parlamentar utilizou um celular, a suspeita é que o aparelho tenha sido entregue por um advogado, mesmo após sua prisão, ocorrida em 3 de abril.
Prints mostram contato da vereadora com namorado (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal utilizou os softwares Cellebrite e IPED para extrair dados do aparelho, com base em decisão judicial da 98ª Zona Eleitoral de Teresina, que autorizou a quebra do sigilo telefônico. Por meio desses programas, foram identificadas três chamadas de vídeo entre a vereadora e seu companheiro, Alandilson Cardoso, nos dias 7, 9 e 13 de maio. Ambos estavam presos.
Também foram identificadas compras online, incluindo um pedido no valor de R$ 549,50 em um supermercado e pesquisas por passagens aéreas com saída de Belo Horizonte com destino à capital piauiense, para o dia 27 de maio.
Havia ainda registros de conversas com o advogado e tio, Francisco Antônio de Aguiar Medeiros, além de assessores e outros familiares.
Prisão domiciliar
A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) recebeu prisão domiciliar por decisão da juíza Júnia Feitosa, da 98ª Zona Eleitoral de Teresina. Tatiana estava presa no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar desde o dia 4 de abril, após ser detida durante uma operação da Polícia Federal realizada no dia 3 do mesmo mês.
Apesar da concessão da prisão domiciliar, a juíza determinou que a vereadora permanecesse afastada do cargo público e utilizasse tornozeleira eletrônica, além de cumprir outras medidas cautelares.
Tatiana Medeiros é acusada de envolvimento com facção criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.