Os 33 partidos devem dividir o valor de R$ 2,3 bilhões para financiar as eleições municipais
Por Luciano Coelho
Uma confusão grande tem sido a distribuição do fundo partidário e do fundo eleitoral entre os candidatos que estão disputando as eleições em todos os municípios. Os candidatos querem mais transparência e equidade na divisão desse bolo, que não tem beneficiado a todos. Segundo eles, esse dinheiro seria para bancar os atos e despesas de campanha como material publicitário, carreatas, e algumas reuniões. Para alguns essa ajuda financeira já estaria passando da hora e ainda não chegou a boa parte dos candidatos.
A grita é geral por conta da deslealdade na distribuição dos fundos, mas a corrida eleitoral sempre foi desleal mesmo. Se fala em cidadania, se fala em democracia, se fala em paridade de armas, mas o que se vê mesmo não é isso. Pelo contrário! Para começar, nessas Eleições 2020 somente um terço dos partidos estão aptos a receber recursos do Fundo Eleitoral. Os recursos foram destinados a 11 legendas.
O Fundo Partidário é o recurso público dividido entre os partidos. São usados para custear atividades das legendas, como o pagamento de água, luz, aluguel e passagens aéreas, entre outros. O Fundo Eleitoral é distribuído entre todos os partidos seguindo critérios: 2% igualmente entre todos os partidos; 35% divididos entre aqueles que tenham pelo menos um representante na Câmara dos Deputados; 48% divididos entre as siglas, na proporção do número de representantes na Câmara; e 15% divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado Federal.
O Fundo Eleitoral é no valor de R$ 2.034.954.823,96 para ser dividido entre 33 partidos.