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Política

Flordelis mandou matar marido e, solta, oferece risco à sociedade, diz delegado

Ela usa tornozeleira eletrônica

Publicado por: Lilian Oliveira 16/04/2021, 17:52

A situação da deputada Flordelis (PSD-RJ) ficou mais complicada no Conselho de Ética nessa quinta-feira (15). A deputada foi acusada frontalmente pelo delegado Allan Duarte Lacerda de mantar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019. O delegado disse aos deputados que Flordelis representa um risco para a sociedade e só não está presa devido à imunidade parlamentar. Ela usa tornozeleira eletrônica.

Allan Lacerda disse  que, com base no conjunto de diligências, provas técnicas, dados de celulares e depoimentos de testemunhas, não restaram dúvidas de que a deputada foi a mandante e a responsável por “arquitetar o plano criminoso” que levou à morte do próprio marido. Sem a participação dela, frisou, o crime não teria ocorrido.

“Ela era figura de autoridade máxima naquela casa. Era manipuladora, persuasiva e foi ela a responsável por arquitetar e arregimentar essas pessoas. Marzy, Simone, Rayane e Flávio [filhos da deputada] não teriam feito o que fizeram sem a chancela dela. Se ela diz que não deu a ordem, poderia ter dado a contra-ordem. E isso não foi feito, mesmo ela sabendo que havia um plano nítido para ceifar a vida dele”, disse Lacerda.

Flordelis nega envolvimento com a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo (Foto: Instagram)

O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que relata o processo contra Flordelis, quis saber do delegado se, solta, a deputada representa um risco à sociedade e se ela poderia ter sido presa, juntamente com as outras oito pessoas da família, por envolvimento na morte do pastor.

“Essa versão idílica dela, de pessoa generosa, afetuosa, religiosa, altruísta foi descortinada para dar lugar a uma personalidade desvirtuada, perigosa, manipuladora. Na minha opinião, depois de investigar os fatos, entrevistar pessoas, ter acesso a elementos de provas, técnicos, ela é certamente a figura central e mais perigosa de toda essa organização criminosa intrafamiliar. Se ela não estivesse sob o manto da imunidade parlamentar, certamente teria sido decretada a prisão dela”, respondeu o delegado.

Anderson do Carmo foi morto com mais de 30 tiros na garagem da casa onde morava com a deputada. Antes disso, segundo o inquérito, dados de prontuários de entrada em hospitais, submetidos a laudo médico-legal, comprovaram que o pastor já havia sido alvo de pelo menos seis tentativas de envenenamento por arsênico e cianeto

 

Fonte: Congresso em Foco

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