A Câmara Municipal de Teresina aprovou nesta semana, em segunda votação, o projeto de lei de autoria do vereador Dudu (PT) que proíbe o uso de cigarros eletrônicos e narguilés em espaços fechados.

O projeto de lei visa modificar a Lei Municipal 4.034, que proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos nos ambientes citados. Com a alteração, os vapes e narguilés serão acrescentados entre os derivados do tabaco prejudiciais à saúde.

Vereador defende que cigarros eletrônicos sejam utilizados em outros espaços (Foto: Divulgação/CMT)

Para Dudu, além de fazer mal à saúde, o uso dos dispositivos invade o espaço do outro. O vereador lembrou que a lei assegura o direito ao cidadão que não fuma de não consumir o produto indiretamente.

“Temos uma lei federal que não permite o fumo em estabelecimentos fechados, mas quando foi aprovada não existiam os dispositivos eletrônicos, então muitos locais estão permitindo o uso. Quem quiser utilizar tem o direito, mas em espaços adequados e respeitando quem não faz uso de cigarros”, afirmou.

O cigarro eletrônico, também chamado de vape (abreviação de vaporizador), voltou à discussão recentemente devido a alguns casos de morte pelo seu uso nos Estados Unidos. Um estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque (NYU) indicou que a nicotina e outros produtos químicos liberados por vaporização podem causar danos a pulmões, coração e bexiga.

Cigarro eletrônico vicia mais depressa que o tradicional, atestam estudos (Foto: iStock)

De acordo com a pneumologista Jyselda Lemos, os usuários dos cigarros eletrônicos criam dependência mais rápido que se usassem cigarros tradicionais.

“Além disso, tem uma doença nova associada com o uso do vape, porque quando as pessoas usam, ocorre a elevação da temperatura na via aérea, e isso leva a inflamação ao quadro agudo, inclusive com relatos de mortes em alguns lugares do mundo”, completou.