A manifestação foi feita via Instagram
Enfrentando ataques devido à polêmica envolvendo as contratações de ONGs para a distribuição de quentinhas, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), usou o perfil pessoal no Instagram para fazer um desabafo em tom de crítica. A publicação foi feita na sexta-feira, 14.
“Nos últimos dias, tentaram envolver o meu nome em ataques irresponsáveis com vaze em denúncias. Isso é mentira”, disparou Dias em vídeo.
O ex-governador Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)
O ministro não fez referência à polêmica. “A verdade irá vencer e vamos seguir combatendo fraudes, irregularidades, doa a quem doer, zelar o dinheiro público, mas, é claro, cuidando das pessoas que mais precisam”, acrescentou.
O Ministério do Desenvolvimento Social contratou, por meio do programa Cozinha Solidária, ONGs de pessoas ligadas a parlamentares do PT para entregar quentinhas a pessoas em situação de vulnerabilidade. A denúncia foi feita pelo O Globo no início deste mês.
De acordo com reportagem veiculada pelo jornal, entidades envolvidas não estão cumprindo os contratos e um dos endereços nem sequer tem estrutura para produção de refeições.
A ONG Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar (Mover Helipa), de São Paulo, é uma das envolvidas. Ela é administrada por José Renato Varjão, que trabalhou no gabinete do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) e no do deputado estadual de São Paulo Ênio Tatto (PT).
“Após firmar contrato de R$ 5,6 milhões com o governo federal, Varjão subcontratou uma teia de ONGs atuais ou ex-integrantes de gabinetes petistas para produzir e distribuir as quentinhas. O GLOBO visitou alguns dos endereços informados ao governo federal, e não encontrou sinais da produção ou distribuição dos alimentos. Na ocasião, o ex-assessor parlamentar disse desconhecer se os alimentos não estavam sendo fornecidos e atribuiu ao acaso o fato de os subcontratados serem ligados ao PT”, destaca trecho da reportagem.
Após a denúncia o Ministério do Desenvolvimento Social suspendeu o convênio e outros três. O jornal O Globo confirmou a informação no último dia 13.
Todos os contratos suspensos somam R$ 11,4 milhões. Segundo o ministério, a suspensão será válida até a conclusão da fiscalização aberta para investigar as suspeitas de irregularidades.