O requerimento foi anunciado durante a sessão plenária da Alepi desta segunda-feira, 12
O deputado Henrique Pires (MDB) convidou o gerente executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Piauí, William Machado, para uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (Alepi). O emedebista quer que o gestor preste esclarecimentos sobre os empréstimos e os descontos realizados de forma indevida nas contas de aposentados e pensionistas que residem em cidades do Piauí.
O requerimento foi anunciado durante a sessão plenária da Alepi desta segunda-feira, 12.
O deputado estadual Henrique Pires, do MDB (Foto: Teresina FM)
“São aposentadorias, com as pensões, não só pensão por invalidez, mas por morte também… para que nós tenhamos conhecimento, não só a nível dos servidores federais, daqueles que são resguardados pelo INSS, mas também por aqueles que são resguardados pelo erário estadual”, comentou Pires ao apresentar a solicitação.
De acordo com a Polícia Federal, os prejuízos que atingiram os aposentados e pensionistas foram causados por uma quadrilha com atuação em todo o Brasil. O inquérito destaca que o grupo tirava proveito da estrutura de sindicatos e associações para efetuar os descontos.
A quadrilha teria dado início às práticas criminosas em 2019. A PF estima que os desfalques causaram um desfalque de mais de R$ 6 bilhões.
A entrada do prédio da Assembleia Legislativa do Piauí (Foto: Teresina FM)
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram, no mês passado, a Operação Sem Desconto, com o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, um dos alvo de buscas, acabou sendo exonerado do cargo. Alessandro é servidor de carreira do INSS desde 2000 e filiado do PSB, indicado ao cargo pelo agora ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumpriram hoje 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.
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