A Justiça Eleitoral está monitorando tentativas de participação e infiltração de facções criminosas na política e no processo eleitoral. No Piauí, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) contará com o apoio da inteligência da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que fornecerão relatórios e investigações para coibir essas investidas.

O prédio do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (Foto: Reprodução/Amapi)

O presidente do TRE-PI, desembargador Sebastião Martins, confirmou que já há um mapeamento de regiões e indivíduos com possível envolvimento com organizações criminosas. Um dos objetivos é impedir que essas pessoas se candidatem a cargos eletivos.

O desembargador destacou ainda que a população, os partidos políticos e o Ministério Público Eleitoral devem colaborar na fiscalização da lisura do pleito.

O procurador eleitoral Kelston Lages, que voltou a compor a Corte, tem atuado de forma diligente no combate a irregularidades e passará a trabalhar em conjunto com a Polícia Federal e a ABIN para impedir a presença de infiltrados na política e no processo eleitoral.

Houve uma reunião entre todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de unificar estratégias de monitoramento, mapeamento e relacionamento de possíveis participações de faccionados ligados a organizações criminosas nas eleições. A iniciativa busca impedir que essas organizações interfiram no processo democrático e alterem o resultado do pleito.

Matéria de Luciano Coelho e Lilian Oliveira