Uma equipe técnica do Ministério da Saúde (MS) estará em Teresina para traçar um diagnóstico do Hospital São Marcos (centro da capital), referência no tratamento de câncer, e tentar resolver a crise que a unidade de saúde vem sofrendo. O estabelecimento suspendeu, recentemente, atendimento a 4.153 pacientes oncológicos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) alegando falta de recursos financeiros.

A visita da equipe do MS foi informada pelo senador Marcelo Castro (MDB) nesta quinta-feira, 24. Segundo ele, a agenda será cumprida na próxima semana; só não houve a confirmação da data.

Fachada do prédio do Hospital São Marcos (Foto: Divulgação)

“O Hospital São Marcos, referência no tratamento de câncer, enfrenta uma crise que precisa de resposta urgente — e hoje saímos do Ministério da Saúde com um compromisso firmado. Na próxima semana, uma equipe técnica do ministério será enviada a Teresina para levantar um diagnóstico e construir, junto a bancada federal, estadual e municipal, as soluções que a situação exige”, escreveu Castro em postagem no Instagram.

Citando falta de repasse complementar por parte da Prefeitura de Teresina, o Hospital São Marcos suspendeu este mês atendimentos a pacientes com câncer. O comunicado se deu através de nota publicada no dia 17 pelo perfil da unidade de saúde no Instagram.

“É hora do gestor municipal [Silvio Mendes] encarar as questões com serenidade, sem discursos evasivos. A Prefeitura de Teresina destina cerca de R$ 20 milhões por mês para complementar os recursos do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), reconhecendo que o valor repassado pelo Ministério da Saúde é insuficiente para manter o serviço funcionando. Mas quando se trata do Hospital São Marcos – único Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia – CACON, do estado do Piauí, que atende mais de g0% dos casos de câncer em adultos e 100% em crianças pelo SUS, o repasse complementar é zero”, criticou o hospital.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que foram repassados, recentemente, R$ 32 milhões à instituição.

Como explicou o São Marcos, o montante diz respeito a repasses de verbas destinadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) ao Executivo municipal. Para piorar, a unidade de saúde acrescentou que apenas R$ 19 milhões do valor mencionado entraram nos cofres da instituição.

O presidente da FMS, Charles Silveira, cobrou uma auditoria nas contas do hospital a fim de resolver o imbróglio. 

Confira a manifestação publicada pelo Hospital São Marcos:

 

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