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Teresina

Segundo TCE-PI, integração de ônibus em Teresina aumentou o tempo de espera por passageiros

A avaliação do Tribunal de Contas diz respeito ao período que vai de 2014 a 2022

Publicado por: Wanderson Camêlo 05/05/2023, 09:05

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) realizou auditoria no transporte público coletivo de Teresina e constatou que o sistema de integração, adotado ainda na gestão passada, contribuiu para o aumento no tempo de espera para os passageiros. A constatação consta em relatório elaborado por meio da Diretoria de Fiscalização de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano (DFINFRA) e divulgado nesta quinta-feira, 04, pelo TCE-PI.

“O relatório aponta que, embora tenha havido a previsão de aumento no número de viagens, o tempo médio de espera para os passageiros que realizaram viagens de bairro para o centro ou para locais antes do centro aumentou consideravelmente ou não teve uma expressiva redução, respectivamente”, pontua o TCE.

Sede do Tribunal de Contas do Piauí (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

No documento também constam análises sobre o modelo de remuneração, a integridade da bilhetagem eletrônica e o desempenho da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SRANS) na fiscalização da operação do sistema.

Quanto ao desempenho da STRANS na gestão do sistema, destacam-se, entre as principais dificuldades, a falta de controle efetivo das ordens de serviço; a insuficiência de profissionais capacitados para atuar na fiscalização; a dificuldade em aplicar as devidas penalidades aos operadores (quando ocorrem irregularidades) e a ausência de efetiva aferição de indicadores de desempenho.

Ônibus parados, no Centro de Teresina, durante protesto de motoristas e cobradores (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

A avaliação do Tribunal de Contas diz respeito ao período que vai de 2014 a 2022. Nesse intervalo, segundo a Corte, a Prefeitura de Teresina realizou despesas na subfunção infraestrutura, em obras e serviços de engenharia, no montante de R$ 776,75 milhões. Desse total, R$ 531,53 milhões foram investidos em mobilidade de um modo geral.

Já para a infraestrutura exclusivamente voltada para o transporte público, foram realizadas despesas da ordem de R$ 80,50 milhões, materializadas em corredores exclusivos, terminais de integração, faixas exclusivas, gestão de trânsito e abrigos de passageiros.

O presidente do TCE-PI informou que pretende realizar uma audiência pública, convidando todos os atores envolvidos e interessados no sistema, para discutir os pontos elencados no relatório.

O documento foi encaminhado para a STRANS para que haja a manifestação do órgão. Nossa reportagem entrou em contato com a pasta, mas não houve retorno.

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