O decreto foi publicado na edição desta quarta-feira, 23, do Diário Oficial do Município
O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), prorrogou o prazo para a conclusão dos trabalhos da auditoria nas contas do Executivo. O decreto foi publicado na edição desta quarta-feira, 23, do Diário Oficial do Município.
Segundo o documento, o novo prazo foi necessário devido à “complexidade e o volume dos documentos e informações a serem analisados”.
Prédio da Prefeitura de Teresina (Foto: Arquivo/Teresina FM)
A comissão responsável pelo pente-fino, presidida pela procuradora-geral do Município, Virginia Gomes de Moura Barros, terá mais três meses para finalizar os serviços. Membros da Controladoria-Geral e auditores da Receita Municipal também estão contribuindo.
A auditoria foi instalada, oficialmente, através do decreto nº 27.618, de 17 de janeiro de 2025, e tem como objetivo detectar a existência de irregularidades, por exemplo, em procedimentos administrativos, contratos e pagamentos feitos pela gestão passada, comandada por Dr. Pessoa (PRD).
Caos
O prefeito Silvio Mendes iniciou a gestão anunciando ações de contenção de gastos, como o corte de cargos e a diminuição no número de secretarias. As iniciativas aconteceram de maneira forçada, já que o atual chefe do Palácio da Cidade recebeu o comando do Executivo com um gigantesco rombo financeiro, que vem atrapalhando o andamento de diversos serviços. São mais de três meses de gestão e a impressão que dá é que pouca coisa começou a funcionar, de fato, na Prefeitura.
Silvio Mendes, candidato eleito prefeito de Teresina, durante votação (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)
Até pouco tempo antes de Mendes tomar posse, especulações repercutidas pela imprensa local davam contam de um rombo financeiro de aproximadamente R$ 1 bilhão nos cofres do Município. O secretário de Finanças de Teresina, Marco Antonio Ayres, tratou do assunto em entrevista recente à Teresina FM, negou que o valor seja esse, mas garantiu que a condição de equilíbrio só chegará com, no mínimo, 12 meses de administração.
A equipe de transição de Silvio Mendes havia apontado um prejuízo de R$ 800 milhões nas contas da Prefeitura, a maior parte seria referente à Fundação Municipal de Saúde: dívida de R$ 400 milhões. A situação é complicada também, por exemplo, na Secretaria de Educação (Semec), com dívida de R$ 124 milhões. Na SDU Sul o rombo é de mais de R$ 25 milhões e no HUT: R$ 20 milhões, só que por mês.