20/05/2025

Teresina

Silvio Mendes aponta pagamento indevido de R$ 30 milhões ao Hospital São Marcos

Prefeitura investiga valores repassados à instituição e propõe mudanças no modelo de repasse para garantir atendimento médico

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Publicado por: Eduardo Calado 28/04/2025, 12:05

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), revelou que o Hospital São Marcos recebeu mais de R$ 30 milhões de forma indevida por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS). O valor, segundo ele, seria proveniente de operações de crédito que utilizavam recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) como garantia, mas não teriam sido descontados corretamente da instituição.

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (Foto: Teresina FM)

Em entrevista, na ultima sexta-feira (25), Silvio Mendes explicou que, apesar do acordo com o hospital, as parcelas dos empréstimos não foram descontadas do repasse do SUS, como deveria ocorrer. “O Hospital São Marcos recebeu indevidamente mais de R$ 30 milhões da Fundação, o que não era para acontecer. A Fundação não descontou e o hospital recebeu o que não lhe pertencia”, afirmou o prefeito.

A gestão passada da Prefeitura de Teresina teria sido responsável pelos repasses. O prefeito mencionou que a instituição também possui uma anistia de 25% em impostos. Uma das alternativas apresentadas para solucionar a situação seria desvincular o pagamento por procedimento, implantando um modelo de metas de atendimento com fiscalização, como foi feito com o Hospital Universitário (HU).

Porém, o médico cardiologista e diretor técnico do Hospital São Marcos, Marcelo Martins, rebateu as alegações e afirmou que a instituição não recebeu nenhum valor indevido. De acordo com Martins, o hospital só é remunerado após a prestação de serviços e a comprovação junto ao Ministério da Saúde, que é responsável pelo pagamento, e não a Prefeitura.

Fachada do prédio do Hospital São Marcos (Foto: Divulgação)

Martins também mencionou que o hospital enfrenta dificuldades financeiras devido ao não cumprimento de contratos pela Prefeitura, o que tem dificultado a aquisição de medicamentos, especialmente para os pacientes em tratamento contra o câncer.

A crise gerou uma ação civil pública, movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), que solicita o restabelecimento imediato do fornecimento de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes oncológicos. O presidente da OAB-PI, Raimundo Júnior, enfatizou que a disputa contratual entre a Prefeitura e o Hospital São Marcos não pode afetar o direito à saúde dos pacientes.

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