A greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Teresina continua sem previsão de fim. Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (14), o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut) rejeitou a proposta apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), que poderia encerrar o movimento.

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O Setut classificou a proposta como “surpreendente” e acusou os trabalhadores de desconsiderarem os esforços de mediação conduzidos pelo Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região. A entidade patronal alegou ainda que a solicitação “ignora completamente a grave crise financeira enfrentada pelo sistema de transporte público”.

A nova proposta dos trabalhadores incluía reajuste salarial de 13% — abaixo dos 15% originalmente reivindicados —, ticket alimentação de R$ 850,00 e auxílio-saúde de R$ 130,00.

Na resposta, o Setut ressaltou que o subsídio atual pago pela Prefeitura de Teresina não é suficiente para manter o sistema funcionando. “Além dos custos com pessoal, há diversos outros encargos imprescindíveis, como manutenção da frota, aquisição de combustíveis, peças, pneus, renovação da frota, pagamento de seguros e obrigações fiscais”, destacou a entidade, citando uma perícia judicial que teria confirmado a inviabilidade do sistema nas condições atuais.

Com o impasse mantido, a população segue enfrentando dificuldades para se locomover na capital piauiense. O Sintetro ainda não respondeu oficialmente à recusa.

Confira a nota na íntegra

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT) manifesta surpresa diante da proposta apresentada pelo SINTETRO, que desconsidera totalmente o esforço de mediação promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região.

A categoria laboral, que já recebe atualmente auxílio-alimentação de R$ 500,00, pleiteia agora a elevação deste benefício para R$ 850,00 — um aumento de 70%. Se considerada a proposta inicial de R$ 900,00, o percentual de aumento ultrapassaria 80%. Tal pedido ignora completamente a grave crise financeira enfrentada pelo sistema de transporte público e demonstra total desconexão com a realidade econômica que atinge não apenas as empresas, mas toda a sociedade.