Comissão vai apurar a origem da dívida milionária e buscar responsáveis pela crise nas contas da gestão municipal.
Um grupo de 14 vereadores da Câmara Municipal de Teresina conseguiu os apoios necessários para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o rombo de mais de R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura.
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A proposta, liderada pelo vereador Dudu (PT), recebeu apoio das bancadas do PT, PSD e PDT. Já os vereadores da base do prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) ficaram de fora da iniciativa.
O objetivo da CPI é esclarecer como a dívida bilionária foi contraída e apontar possíveis responsáveis pelo descontrole financeiro que afeta diretamente a administração municipal. A composição da comissão e o cronograma de trabalho devem ser definidos nos próximos dias.
O rombo foi anunciado no mês passado pelo próprio prefeito Sílvio Mendes, que vem adotando medidas de contenção de gastos. Segundo a Prefeitura, as dívidas de curto prazo chegam a mais de R$ 1,1 bilhão, envolvendo restos a pagar, despesas atrasadas, terceirizados e coleta de lixo. Já as dívidas de longo prazo ultrapassam R$ 1,8 bilhão, incluindo débitos com bancos, previdência e parcelamentos junto ao Instituto de Previdência dos Servidores (IPMT).
Além disso, a Fundação Municipal de Saúde acumula mais de R$ 110 milhões em pendências com fornecedores. A soma total do rombo é de R$ 3.067.631.580,40.