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Cultura

Cem anos de rádio: Raimundo Albuquerque constrói museu em honra à trajetória radiofônica no Piauí

Empresário e proprietário do Grupo Hot Sat desempenhou papel fundamental na história do veículo no estado

Publicado por: FM No Tempo 08/09/2022, 16:26

Matéria de Rodrigo Carvalho

Agência Nordestina de Notícias (ANN)

Essa é a terceira de uma série de quatro reportagens sobre a história do rádio no Brasil. Na terça-feira (6), você viu que a Rádio Nacional e a Rádio Bandeirantes popularizaram as radionovelas e os noticiários na década de 1950.

No Piauí, a história do centenário do rádio no Brasil é contada como ninguém por Raimundo Albuquerque. Aos 84 anos, o empresário é uma memória viva que relembra os acontecimentos marcantes do início das transmissões radiofônicas no estado.

Raimundo Albuquerque, empresário e proprietário da Hot Sat (Foto: Reprodução)

A paixão de Raimundo pelo rádio começou por acaso: de farmacêutico, tornou-se um dos pioneiros em estudo do rádio no Piauí.

“Quando terminei meus estudos em São Bernardo do Maranhão [a 268 km de Teresina], não pude mais ficar lá porque já não havia o que aprender. Fui trabalhar em uma farmácia que tinha um rádio quebrado. Após o mandarmos para Parnaíba a fim de ser consertado, o ambiente ficou triste e sem informação. Resolvi então estudar a arte do rádio”, conta.

A partir daí, o empresário não parou mais e, após cursos feitos tanto a distância, pelos Correios – em um tempo que não existia Internet -, e outros em São Paulo, montou o primeiro laboratório de eletrônica do Piauí.

“Não existia nada nessa época. Construí a Eletrônica Radioantena e depois fiz um comercial na Rádio Clube de Teresina. Foi aí que entrei de vez no mundo do rádio”, afirma.

O vanguardista recorda de quando conheceu Valter Alencar e da parceria que fez com ele para instalar a primeira emissora de televisão do estado: a TV Clube.

“Estava subindo as escadas da Rádio Clube quando dei de cara com Alencar que, além de diretor da rádio, era professor da UFPI. Disse a ele que iria pagar um comercial que tinha encomendado e fazer outro. Ele então perguntou se eu tinha um laboratório e me encarregou de ajudá-lo em seu projeto de TV”, narra.

Voltando ao rádio, Raimundo nos conta as transformações que o veículo de comunicação mais popular de todos experimentou durante seu primeiro centenário.

Aparelhos exibidos no Museu das Telecomunicações (Foto: Divulgação/Hot Sat)

“É uma tecnologia que evoluiu com o tempo. Antigamente tínhamos a amplitude modulada (AM), de ondas curtas. Hoje temos a frequência modulada (FM), com alcance limitado, mas estabilidade maior”, diferencia.

Toda essa história contada pelo empresário virou museu. Na sede da sua empresa, construiu um acervo de aparelhos antigos, inclusive com o primeiro radinho responsável, guardado por ele com muito carinho.

Raimundo explica os motivos que o levaram a montar o Museu das Telecomunicações. “Visitei vários museus no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Lisboa. O museu é matéria viva, nos mostra de onde viemos até chegarmos aqui”, aponta.

Ao ser perguntado pela reportagem da Teresina FM sobre o que mais o atrai no rádio, o proprietário da Hot Sat, fabricante de aparelhos radiofônicos, nos revela sua paixão pelo veículo de comunicação que mudou sua vida. “O jornalismo é importante, a notícia bem apurada. Sou apaixonado e não vivo sem o rádio”, declara.

Na sexta-feira (9), você confere os relatos de apresentadores e da diretoria da Rádio Teresina FM, que prepara uma série de novidades em comemoração ao seu aniversário de 16 anos.

Confira a reportagem no Jornal da Teresina 2ª Edição desta quinta-feira (8):

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