Matéria de Caio Rabelo

Segundo dados levantados pelo Consórcio Nordeste, o número de famílias que aguardavam na fila pelo programa Bolsa Família até junho somam 2,3 milhões. Somente no nordeste a estimativa é de 844.372 pessoas, 247.885 no Norte, 834.564 no Sudeste, 138.503 no Centro-Oeste e 205.941 no Sul. Os dados são da Câmara Temática de Assistência Social do grupo e usou como critério as famílias que estão no Cadastro Único e tem um perfil que dá direito ao benefício, mas não foram incluídas.

Foto: Divulgação/Governo do Piauí

O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, destaca que essas pessoas estão em situação de vulnerabilidade. “Estamos falando de 2,3 milhões de pessoas que se cadastraram e tem os requisitos para entrar no programa. São pessoas necessitadas e que não estão tendo sua situação sequer analisada. Isso acontece em todas as regiões do Brasil e mais fortemente no nordeste, onde parece que há uma descriminação maior. Estou falando de um governo que causou esse problema com a disparada dos preços e que trata em ritmo de Formula 1 os problemas dos ricos e no esquecimento os dos mais pobres. São pessoas que encontramos todos os dias embaixo das pontes pedindo esmola”, completou. 

O governador afirma ainda que em Maio procurou o ministro da Cidadania, João Roma, para cobrar explicações sobre os cortes feitos no programa para a região, mas não obteve resposta. Ele destaca ainda que acionou o Ministério Público Federal e a Defensoria Nacional para intervir no assunto. Ainda segundo o levantamento do Consórcio Nordeste, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, houve redução de 48.116 beneficiários no Nordeste e 13.014 no Norte, enquanto ocorreu aumento nas outras regiões.