A população piauiense tem uma qualidade de vida inferior à média brasileira
O Piauí possui o sétimo maior Índice de Perda de Qualidade de Vida do País (IPQV), com 0,213. Os dados são baseados na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada entre 2017-2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, para fazer o cálculo, é feita uma análise conjunta sobre temas relacionados às condições de vida dos brasileiros. O resultado do indicador varia entre zero e um, sendo que, quanto mais próximo de zero, menos perdas.
A média nacional é de 0,158. Conforme as informações coletadas, a população piauiense tem uma qualidade de vida inferior à média brasileira. Para elaborar o índice, foram usados dados monetárias, não monetárias e avaliações subjetivas.
Nove temas foram considerados: renda, moradia, acesso a serviços de utilidade pública, saúde, educação, acesso aos serviços financeiros e padrão de vida, alimentação, transporte e lazer e viagem.
E, para possibilitar comparações adequadas, o IBGE destacou que foram incluídos na análise fatores individuais e sociais específicos que afetam a conversão da renda em qualidade de vida.
Segundo o IBGE, em razão do elevado índice de perda de qualidade de vida, o Piauí apresenta também um baixo Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS). “Os dois indicadores são inversamente proporcionais: quanto mais alto o IPQV, mais baixo o IDS, pois as privações individuais enfrentadas pela população afetam o progresso de toda a sociedade”, explicou o IBGE
O órgão explica que, para mensurar o IDS, é utilizada uma fórmula que considera a renda disponível familiar e as perdas de qualidade de vida da população. O valor do IDS piauiense é o sexto menor do país, calculado em 5,462.
Apenas o Maranhão (4,897), Pará (5,099), Alagoas (5,264), Acre (5,318) e o Amazonas (5,357) possuem índices inferiores ao do Piauí. O maior IDS é do Distrito Federal, com o valor de 6,970. O Brasil tem indicador médio de 6,201.