No último domingo (19), a agência informou que seus funcionários receberam nova onda de intimidações
A Polícia Federal (PF) abriu investigação para apurar as ameaças contra diretoria técnica da Anvisa feitas recentemente.
A investigação será comandada pela Polícia Federal do Distrito Federal. O superintendente da unidade, Victor Cesar Carvalho dos Santos, afirmou que já recebeu as informações sobre o caso, e que já iniciaram as diligências para identificar as pessoas que fizeram as ameaças.
Em comunicado publicado neste domingo (19), a Anvisa informou que seus servidores receberam nova onda de ameaças. Por isso, a agência expediu ofícios pedindo, pela segunda vez, proteção policial aos seus membros.
No fim de outubro, a Anvisa relatou à PF outra ameaça aos técnicos da Agência, feita por e-mail. Em 12 de novembro, as investigações foram concluídas, e a pessoa que fez as ameaças, identificada. A Polícia Federal ressaltou que todas as ameças serão identificadas.
Quanto ao pedido de proteção aos servidores e seus familiares feito pela Anvisa, cabe ao diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, definir como será feito o esquema de segurança.
“Tais solicitações já haviam sido feitas no último mês de novembro quando a Agência recebeu as primeiras ameaças”, informou o comunicado publicado no site da agência.
A ação aconteceu no mesmo dia em que Bolsonaro fez críticas à Anvisa, chamando de “inacreditável” o fato de ter sido aprovada pelos técnicos a vacinação contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos.
Além disso, a Anvisa cobrou do governo federal, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da PF que sejam feitas novas investigações para identificar os responsáveis pelas atividades criminosas.
No final de outubro, a Anvisa recebeu sua primeira ameaça de morte, contra os diretores da agência.
Os cinco diretores da Anvisa registraram ocorrência na PF. Em um e-mail, o responsável pela ameaça informou o nome e CPF, e afirmou que iria migrar o filho para o homeschooling – modalidade de ensino em casa que não tem aprovação em lei federal.
O autor do e-mail declara que, se houvesse a aprovação pela Anvisa da vacinação em crianças de 5 a 11 anos, não iria permitir a ida do filho ao ambiente escolar.
No início de novembro, houve uma nova ameaça contra servidores, diretores, funcionários terceirizados e seus familiares, caso vacinas contra a Covid-19 para crianças fossem aprovadas.
Segundo a Anvisa, as mensagens “aparentemente” não tinham o mesmo autor.
Fonte: CNN Brasil