Servidores federais, que reivindicam reajuste de 19,99%, paralisaram maior parte das atividades presenciais na quarta (23)
Mais uma greve deflagrada no serviço público do Piauí: nesta quarta-feira (23), as atividades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram paralisadas em 70% das agências espalhadas pelo estado.
As principais reivindicações dos funcionários do órgão consistem no reajuste salarial de 19,99%, o fim do adicional de metas para o teletrabalho, a definição de 30 horas semanais para as jornadas de atendimento, a derrubada do veto ao orçamento do INSS e a realização de concursos públicos.
Outras demandas incluem, à semelhança de outras categorias, a revogação da Emenda Constitucional (EC) nº 95, que estabeleceu o chamado “teto de gastos”, pelo período de 20 anos, nas despesas governamentais; e o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que propõe uma reforma administrativa no serviço federal.
“O objetivo da greve é paralisar todas as atividades por tempo indeterminado, por isso apelamos para a consciência dos servidores que estão trabalhando em casa e que precisam ficar por dentro do que está acontecendo, que é o desmonte dos serviços públicos pelo governo, somado ao desprezo pelos servidores e da população”, explica Antônio Machado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social (Sintsprevs-PI).
De acordo com Machado, o grau de adesão dos servidores tanto na capital, quanto no interior surpreendeu positivamente a direção da entidade sindical.
“No geral, se a gente pegar apenas as agências, a adesão já alcança 70% delas. Se a gente pegar os servidores das agências, aí a adesão já chega a 90%; principalmente nos maiores municípios, como, Teresina, Picos, Parnaíba e Campo Maior”, declarou.
Desde a manhã de quarta, os grevistas se concentraram em frente à Gerência Executiva da Previdência, localizada na Rua Areolino de Abreu, região central de Teresina. A previsão é de que permaneçam com as obrigações em sistema de home office, ao mesmo tempo que protestam e exigem do governo federal soluções para suas demandas.
Com informações do Sintsprevs-PI