Ao menos duas pessoas morreram em um acidente marítimo no sábado (18), no Lago de Furnas, localizado no município de Capitólio, em Minas Gerais. A informação foi divulgada pela Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg).

De acordo com uma publicação da associação nas redes sociais, o acidente ocorreu quando uma chalana, embarcação com fundo plano, realizava a transferência de passageiros de uma lancha que enfrentava problemas mecânicos.

Localidade é famosa pelas cachoeiras e águas cristalinas situadas no Lago de Furnas (Foto: Reprodução)

A lancha transportava 14 passageiros, e pediu apoio de outras embarcações para o resgate. A chalana, que já tinha 10 passageiros, atendeu ao chamado, mas durante a transferência não suportou o peso e virou.

A Ameg afirma que as duas vítimas fatais são uma mulher moradora de Minas Gerais e um homem que vivia em São Paulo. Os dois não conseguiram sair debaixo da embarcação, e se afogaram.

Ainda segundo a publicação, marinheiros tentaram reanimar as duas vítimas antes da chegada do resgate, mas o SAMU constatou os óbitos. Os outros passageiros tiveram apenas escoriações leves.

A associação informou que o prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP), se deslocou para o local para prestar assistência às vítimas e acompanhar o trabalho de resgate, que também envolveu a Marinha do Brasil e da Polícia Civil.

“Nosso respeito as famílias enlutadas neste acidente. Temos trabalhado constantemente para aumentar a segurança na região. Todas as embarcações são obrigadas a fornecer coletes salva-vidas em número suficiente para todos os passageiros e tripulação”, disse. Segundo ele, todos os passageiros usavam colete no momento do acidente.

Tragédia em Capitólio

Ainda em 2022, a região do Lago de Furnas registrou um outro acidente no mês de janeiro. Um desabamento de rocha em um cânion resultou em dez mortes. Todas as vítimas estavam em uma lancha, que foi atingida no momento do desabamento.

Parte do paredão do lago cedeu e atingiu turistas, causando dez mortes (Foto: Reprodução)

O acesso aos cânions do lago chegou a ser suspenso por dois meses, e foi retomado em março. No entanto, as visitas retornaram com restrições. À época, o prefeito de Capitólio estabeleceu que a visita seria liberada de “forma controlada e com redução de fluxo, respeitando limites de distanciamento dos paredões”.

As novas regras determinam que, diariamente, antes da abertura para as visitações, o local passará pela análise de um geólogo, que vai verificar indícios de processos erosivos ou movimentos de massa.

Além disso, apenas cinco embarcações podem navegar por vez pelo local. Em caso de chuvas, os passeios deverão ser interrompidos. Outra mudança implementada é o uso obrigatório de capacete e colete salva-vidas a todos os passageiros.

Fonte: CNN Brasil