A conversa aconteceu nesta quarta-feira (17)
Esse é a quinta de uma série de 10 de debates do especial “Teresina em Pauta”, em comemoração aos 170 anos da capital do Piauí e aos 16 anos da Teresina FM. Nesta quarta-feira (17), você confere as opiniões dos entrevistados sobre a economia e geração empregos em Teresina.
De acordo com o presidente do Centro das Indústrias do Piauí (Ciepi), Federico Musso, a participação da indústria no PIB do Piauí (12%) é abaixo da média nacional (19,5%). “Com isso, entendemos que o setor precisa crescer no estado e na capital”, destacou em entrevista ao JT2 nesta quarta-feira (17).
Segundo ele, existe carência na infraestrutura para a instalação das indústrias e também na mão de obra qualificada. “Nesse quesito estamos deficientes ainda”, disse. Salientou ainda que o Piauí tem boas leis de incentivo fiscal, mas que o fomento nem sempre é suficiente. “O polo industrial Sul está saturado e o polo industrial Norte está esquecido. Algumas indústrias desejam ampliar suas operações e precisam de espaços maiores, mas não há disponibilidade de lotes”, acrescentou.
Para ele, a saída seria desenvolver um distrito industrial estadual, que teria mais recursos para os investimentos. Além disso, conforme o presidente, é essencial criar um comitê estadual que atue como promotor da indústria. Na opinião dele, esse grupo teria como função visitar diferentes congressos nacionais e apresentar para os investidores os benefícios de estabelecer uma unidade fabril no estado. “Precisamos ser mais proativos e não ficar somente aguardando chegar um investidor”, finalizou.
Para o economista Fritz Moura, a educação no Piauí é levada muito a sério. No entanto, existe um grande número de formação em carreiras chamadas de “burocráticas”, como advocacia e administração, e poucas formações em áreas técnicas profissionalizantes, eletromecânica e engenharia industrial, por exemplo.
Segundo Fritz, essas carreiras com o menor número de pessoas são as que as indústrias e as produção de bens e serviços mais necessitam. “A educação tem sido voltada mais para essas duas áreas (advocacia e administração), ou seja, se retroalimentando, mas não nas áreas técnicas nas quais se requer maior quantidade de mão de obra especializada”, explicou.
Já a Diretora de Inclusão Social do Sine, Celciana Ramos, avaliou que tem empregos, mas falta experiência e escolaridade, além da falta de qualificação para adquirir um emprego, principalmente se for o primeiro emprego. Os pretendentes precisam estudar e não parar de se qualificar.
Na quinta-feira (18), você irá acompanhar o quarto debate do “Teresina em Pauta” sobre a revitalização do Centro da capital com o arquiteto Wellington Camarço e o superintendente municipal Roncalli Filho.
Confira a entrevista na íntegra