A constatação é do estatístico Batista Teles
É um fato que muitas pessoas esperam que o resultado das pesquisas eleitorais seja fiel ao das urnas. Quando os resultados divergem, uma onda negativa paira em cima desses levantamentos, trazendo dúvidas e desconfianças sobre o método.
Em entrevista ao Jornal da Teresina 2º edição, nesta terça-feira (4), o proprietário do Instituto Amostragem, Batista Teles, destacou que as pesquisas são o epicentro e o termômetro das campanhas. “Além da intenção de voto, existem outras variáveis que avaliam o desempenho dos candidatos”, disse.
Foto: Divulgação/Teresina FM
Segundo ele, o público que faz a diferença nos resultados da pesquisa é formado por pessoas que não têm política na agenda. “Esse eleitor está atrás da sua sobrevivência e não está ligado a política. E é nesse público que está o maior índice de indecisão”, ressaltou.
“Tanto na pesquisa estimulada quanto na espontânea. É esse público que faz a diferença. É o que faz com que as estimativas não se ajustem à última pesquisa com o resultado da urna”, concluiu. Além disso, frisou que as pesquisas são “apenas um retrato do momento”.
Rafael venceu Silvio com 15 pontos percentuais de diferença (Foto: Divulgação)
No Piauí, institutos como Ipec (antigo Ibope), Opinar e Credibilidade apresentavam o candidato Silvio Mendes (União Brasil) sempre à frente da disputa pelo governo do Estado. Já Amostragem e Datamax indicavam o governador eleito Rafael Fonteles (PT) na liderança
A única semelhança entre todos os institutos era a larga vantagem do senador eleito Wellington Dias (PT) em relação ao seu adversário Joel Rodrigues (Progressistas) na corrida por uma vaga no Congresso Nacional.
Contudo, quando os piauienses foram às urnas, a diferença significativa entre as votações de Rafael e Silvio (57,17% x 41,62%) e o acirramento dos números de Wellington e Joel (51,34% x 47,60%) foram as principais surpresas.
Confira mais sobre o assunto na matéria especial de Rodrigo Carvalho:
Confira a entrevista na íntegra: