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Teresina: Motoristas e cobradores de ônibus podem iniciar outra greve ainda este mês

Integrantes das duas categorias se reúnem hoje com vereadores para tratarem sobre o assunto

Publicado por: Wanderson Camêlo 23/11/2022, 09:49

Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina apelaram para a Câmara Municipal para não precisarem entrar em greve mais uma vez. As categorias temem ficar sem o 13° e o salário de dezembro devido ao não repasse ao não repasse de subsídios ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT).

Por meio de nota, enviada à nossa reportagem nesta terça-feira (22), o sindicato afirmou que, “por falta de repasses da Prefeitura, as empresas de transporte não conseguirão pagar o 13° salário e salário de dezembro dos trabalhadores”.

Sede do SINTETRO, Centro de Teresina (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

Representantes do SINTETRO (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí) se reuniram ontem com vereadores da capital e solicitaram uma interlocução junto ao executivo para que o problema seja resolvido. Nesta quarta-feira (23) deve acontecer outra reunião entre parlamentares e integrantes do sindicato na Câmara de Teresina.

Caso não haja consenso entre as partes envolvidas, os trabalhadores do sistema de transporte coletivo podem paralisar, ainda este mês, as atividades. “A gente está passível de parar a qualquer momento”, declarou Antônio Cardoso, presidente do SINTETRO.

Fachada da Câmara de Teresina (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

Segundo o SETUT, a Prefeitura deve aos consórcios que integram o transporte público de Teresina mais de R$ 100 milhões, referentes a subsídios, e mais de R$ 300 mil devido à gratuidade de passagens durante o segundo turno da eleição presidencial.

“A gente precisa é discutir isso de forma ampla, não estou defendendo aqui que a Prefeitura faça pagamento de empresário. Se ela quiser até consignar na Justiça, ela pode consignar, o que não pode é esses trabalhadores ficarem sem receber seus direitos. Por quê? Primeiro porque eles trabalham e fazem jus, segundo, porque, se o sistema novamente parar, já é ineficiente, e, se parar, mais uma vez a população vai sofrer novamente com mais uma greve”, criticou o vereador Enzo Samuel (PDT).

Não conseguimos contato com o executivo municipal para tratarmos sobre o assunto.

Confira a nota do SETUT:

Os constantes atrasos dos repasses mensais da Prefeitura de Teresina para as empresas de transporte público referentes aos subsídios necessários provocarão, mais uma vez, graves problemas no transporte público da capital. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) esclarece que as empresas não conseguirão efetuar o pagamento do 13° dos colaboradores devido ao impasse com a Prefeitura e o enorme déficit financeiro que a Prefeitura vem causando ao sistema de transporte urbano.

Além do 13°, a folha de pagamento dos motoristas de ônibus que trabalharam no segundo turno das eleições também não foi paga por falta de verbas. “As empresas ainda não realizaram o pagamento dos trabalhadores que foram convocados devido ao atraso no pagamento desse repasse financeiro por parte da Prefeitura, que já chega ao seu 23° dia. Infelizmente, o impasse com a Prefeitura segue por conta da falta de compromisso em honrar com suas obrigações contratuais, notadamente na questão dos subsídios mensais (gratuidades, estudantes, integrações, diferença entre tarifa técnica e tarifa praticada), que estão próximos aos R$ 5 milhões/mês”, disse Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT.

O SETUT reforça que entende as reivindicações dos trabalhadores e que assim que possível realizará o pagamento. Vale lembrar que com a proximidade do fim do ano, o problema tende a se agravar, já que também está próximo o período para a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2023. “Devido à falta de soluções apresentadas pelo poder público, negociações não cumpridas, dentre outras questões, o transporte coletivo está próximo de seu colapso. O SETUT confirma que em dezembro e janeiro/2023, as duas entidades de classe se reunirão para alinhar questões sobre a Convenção Coletiva de Trabalho 2023, como já faz anualmente”, informa a advogada Naiara Moraes, consultora jurídica do SETUT.

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