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Irã reavalia lei que obriga mulheres a usarem o véu islâmico

Legislativo e Judiciário trabalham para revisar legislação controversa em meio à onda de protestos no país desencadeada pela morte da jovem Mahsa Amini, presa por, supostamente, cobrir a cabeça de maneira “incorreta”

Publicado por: Lilian Oliveira 04/12/2022, 12:29

Autoridades iranianas afirmaram que o país iniciou o processo de revisão da lei que exige que as mulheres cubram suas cabeças com o hijab, o véu islâmico, em meio a uma forte onda de protestos que já dura mais de dois meses.

O procurador-geral do Irã, Mohammad Jafar Montazeri, informou neste sábado (03) que o Legislativo e o Judiciário – Poderes controlados por forças conservadoras – estão trabalhando na reforma. Ele não especificou quais aspectos da lei devem sofrer alterações.

Esta imagem da UGC publicada no Twitter em 26 de outubro de 2022 mostra uma mulher em pé em cima de um veículo enquanto milhares se dirigem ao cemitério de Aichi em Saqez, cidade natal de Mahsa Amini na província iraniana ocidental do Curdistão, para marcar 40 dias desde sua morte, desafiando uma repressão sangrenta. (Foto: AFP )

Um comitê de revisão se reuniu na última quarta-feira com a Comissão Cultural do Parlamento para discutir a reforma. “Veremos o resultado em uma ou duas semanas”, disse Montazeri, citado pela agência estatal de notícias Isna.

As manifestações começaram em 16 de setembro após a morte da jovem de origem curda Mahsa Amini, de 22 anos, enquanto estava sob custódia da polícia. Ela foi presa, supostamente, por usar o véu islâmico de maneira incorreta.

Com a revolta gerada no país pela morte de Amini, muitas pessoas passaram a queimar véus islâmicos e protestar contra o regime que governa o país com mão de ferro. Nos últimos meses, aumentou a circulação de mulheres sem o hijab, principalmente em Teerã.

O presidente iraniano Ebrahim Raisi disse neste sábado que a República iraniana e suas fundações islâmicas estão protegidas pela Constituição, mas que “existem métodos de implementar a Constituição que podem ser flexíveis”.

Fonte: G1

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