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Professor diz que ato pró-golpe no Distrito Federal não se assemelha à invasão do Capitólio

Mestre em ciência política, o professor Ricardo Arraes explica porque os dois eventos se distinguem.

Publicado por: Lilian Oliveira 09/01/2023, 15:17

Matéria de Rebeca Vieira

O programa JT2 entrevistou nesta segunda-feira (9) o mestre em ciência política, professor Ricardo Arraes, sobre sua visão a respeito do ataque terrorista realizado em Brasília (DF) durante o último domingo (8). Ricardo aponta que, apesar da tentativa de fazer comparações com a invasão do Capitólio nos Estados Unidos após a derrota do ex-presidente Donald Trump, a única coisa em comum entre os dois ataques foi o período em que aconteceram.

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Aqui no Brasil a coisa teve um escopo bem mais amplo, porque foram os três poderes constituídos, aceite ou não, legitimamente constituídos. Seja por eleição, no caso do parlamento, seja por eleição, no caso do presidente Lula, seja então por aquelas nomeações que são de caráter indiciocrático do próprio presidente. Então, são três instituições, são os três pilares da nossa vida pública e eles foram atingidos no seu centro. Mas olha, de fato, nos Estados Unidos, o presidente ainda estava no poder, que era Trump, e ele insuflou a marcha até o Capitólio. Aqui no Brasil nós não tínhamos mais o presidente, porque o presidente já tinha sido apeado do poder de maneira legítima, e o presidente já tinha assumido, o presidente Lula”, explica.

O professor afirma, ainda, que o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo não tendo realizado uma ordem direta aos seus seguidores, ele é culpado sim pelo vandalismo e depredação ocorridos.

“De alguma maneira, a figura dele é que anima esses baderneiros, de alguma maneira, a figura dele ainda tem algum reflexo. Então se você pegar por esse lado, ele seria então um culpado. No caso dos Estados Unidos, é o que o próprio presidente disse, vamos lutar, vamos pra luta, ele não disse invada o Capitólio, mas ele disse vamos pra frente do Capitólio. Aqui os prejuízos foram muito materiais, e tem muita gente falando que a democracia do Brasil está correndo perigo. Eu, sinceramente, eu não vejo assim. O presidente Lula vai muito bem obrigado, e o STF do mesmo jeito. Essas três instituições, elas continuam sólidas, continuam fortes e tem o apoio da sociedade”, declara ele.

Confira a entrevista na íntegra:

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