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Relatório do TCE-PI aponta necessidade de subsídio do poder público para manutenção do Transporte Público

Dados apresentados reforçam que o transporte está operando em total desequilíbrio e que, para atender os anseios da população precisará de maior investimento público

Publicado por: Jade Luara 22/11/2023, 10:09

Na manhã desta quarta-feira (08), o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI) apresentou um Diagnóstico de Operação e Análise de Custo do Sistema de Transporte Público de Teresina após analisar de modo minucioso as condições de prestação dos serviços, em especial do cenário durante e pós pandemia.

O Relatório elaborado pelo TCE aponta que para operar o sistema de transporte da capital com menor intervalo entre viagens ampliando a frota e maior qualidade precisa de aproximadamente, R$ 14,2 milhões por mês.

Transporte Público de Teresina (Foto: Reprodução)

Considerando que o sistema atualmente arrecada menos de a R$ 8,5 milhões por mês, já somados a arrecadação em catraca e os R$ 3,3 milhões repassados mensalmente para cobertura das gratuidades, a Prefeitura deve aportar o saldo restante de mais de R$5,5 milhões por mês de modo a garantir as condições necessárias de mobilidade da população.

Portanto, é este déficit de mais de R$5,5 milhões por mês, acaba por trazer consequências negativas na operação do sistema e que se apresenta como um ciclo vicioso, onde a degradação permanente vem resultando em maiores custos operacionais. “O cenário apresentado pelo TCE é o mesmo que o SETUT vem mostrando e alertando não só as autoridades, mas também a população há mais de dois anos. A crise com a manutenção da queda da arrecadação durante e após a pandemia é agravada por outros fatores, tais como: desemprego, queda da renda familiar, novos hábitos de consumo e etc. Então hoje o sistema não consegue se manter sem o subsídio, exceto se a Prefeitura decidir em repassar para a tarifa todo o custo operacional, o que é irreal”, ressalta Vinicius Rufino, coordenador técnico do SETUT.

Outra questão apresentada pelo relator do processo no TCE durante a sua explanação é a necessidade de excluir a função de cobrador, de forma a reduzir custos, uma vez que a bilhetagem eletrônica executa o controle e acesso no ônibus de modo eficaz, como já acontece em várias cidades no País.

O coordenador técnico do SETUT reitera que a entidade tem um compromisso junto à sociedade e que continuará sua busca incessante, em todas as instâncias e de todas as formas, em melhorar o sistema, bem como a qualidade do serviço prestado à população de Teresina. “O relatório do TCE/PI é um documento muito claro e eminentemente técnico que expõe várias questões importantes e urgentes que necessitam ser enfrentadas e resolvidas, para que os serviços de transportes possam atender à todos”, pontua Vinicius Rufino.

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