Veterinário afirma que o norte do estado possui uma região endêmica, ocasionando no abate de diversos animais
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) anunciou a identificação de 60 animais vulneráveis à febre suína clássica em fazendas no estado do Piauí. Dentre esses, 24 testaram positivo para a doença.
Em entrevista à Teresina FM, Márcio Chaves, veterinário da ADAPI, comenta sobre o aumento de casos dessa enfermidade em território piauiense.
Márcio Chaves, veterinário da ADAPI, em entrevista ao JT1 (Foto: Teresina FM)
“Desde 2019 o Piauí tem passado por alguns desafios, verificamos que existe uma região endêmica em nosso estado, sendo caracterizada ao norte do Piauí. Já temos cadastrados 15 municípios afetados, com mais de 35 focos identificados de 2019 pra 2024”, afirma Márcio Chaves sobre casos da doença no Piauí.
Ainda em entrevista, o veterinário que o trabalho de combate a peste suína clássica é feita anualmente, “Nós temos lutado arduamente, praticamente todo ano tem um foco de peste suína clássica e que incomoda bastante”, diz Márcio.
Sobre a relação do criador com o animal afetado, Márcio afirma ser uma questão que vai além da classe econômica. “Eu identifico essa doença hoje não como um fator econômico, mas como um fator social. Esse animal é como se fosse o alicerce, uma fonte proteica dessa família que o cria. E o que está acontecendo agora é a doença de alastrando de forma bastante letal ao animal”, afirma o veterinário.
De acordo com o veterinário, no município de São José do Divino, em abril deste ano, foram registrados três focos da doença em propriedades privados. No total, foi totalizado o sacrifício de 30 animais visando eliminar o hospedeiro do vírus.
A peste suína clássica é uma doença viral que afeta os porco, causando no animal febre, perda de apetite, depressão e, em casos graves, resultar na morte dos animais.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto entre animais infectados ou através de alimentos contaminados. A prevenção inclui medidas de biossegurança nas fazendas e o abate dos animais afetados para evitar a disseminação da doença.
Nos últimos anos, o Piauí enfrentou diversos casos de febre suína clássica, resultando no abate de aproximadamente 4,3 mil porcos.