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Junho, um mês nordestino

3 de junho de 2019

Estamos começando junho, o mês mais caipira do Brasil.

Estamos iniciando o mês de junho, o mês dos santos casamenteiros.

Estamos iniciando o mês de Santo Antônio, de São João e de São Pedro, os santos mais

festeiros e mais identificados com o Nordeste brasileiro.

Estamos entrando no arraiá da nossa infância já tão distante, estamos entrando no arraiá das

nossas lembranças.

Estamos voltando às nossas fogueiras, ao pau de sebo, às quadrilhas; estamos, enfim,

voltando ao sabor de antigamente.

Estamos voltando às rodas da alegria cabocla, aquela alegria brejeira que tanto nos encantou ao longo dos anos.

Estamos novamente vivendo aquele momento mágico que tanto nos embalou; estamos

voltando à beira da fogueira para ouvir estórias de caboclos destemidos e de bichos do mato; estórias de sabedoria e de ignorância.

Estórias como a da Cabocla Teresa, a bela morena cruelmente assassinada por um marido ciumento e analfabeto.

No mês de junho, como diz o poeta, Chegou a hora da fogueira/

O céu fica todo iluminado/

Fica o céu todo estrelado/

Pintadinho de balão/

Pensando na cabocla a noite inteira/

Também fica uma fogueira/

Dentro do meu coração.

Viver os festejos juninos é voltar ao passado, ao tempo de nossos avós e de nossos pais.

É voltar à ingenuidade e às brincadeiras de infância.

É voltar às simpatias.

É voltar ao tempo em que se colocava uma imagem de Santo Antônio de cabeça para baixo atrás da porta, dentro do poço ou até mesmo em um copo d’água e só a tirava de lá quando o pedido era atendido.

É voltar ao tempo em que se tirava até mesmo o Menino Jesus do colo de Santo Antônio para

só devolvê-lo quando a (o) namorada (o) chegasse.

É voltar à noite de São João com suas simpatias para a mulher descobrir o nome do marido ou

para o homem descobrir o nome da esposa.

É noite de enfiar uma faca virgem em uma bananeira e no dia seguinte a primeira letra do

nome da pessoa com quem você vai se casar aparecer na lâmina.

Noite de São João, noite também para surgir da água de uma bacia um papel com o nome do futuro marido.

E assim o tempo passa sem que você perceba que o dia está raiando e que, logo logo, será o

dia de São Pedro.

Dia de se festejar o dono da chave do céu.

E, pelo visto, o velho Luís tinha mesmo razão:

Olha para o céu, meu amor,

E veja como ele está lindo!

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