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A importância do não

19 de junho de 2019

Vivemos num mundo onde as pessoas não querem ouvir não como resposta. Todos querem ouvir sim. E nem sempre podemos dizer sim. As vezes temos que dizer não.

Mas, por que isso ocorre exatamente quando o mundo vive o seu mais profundo processo de criação?

Os especialistas são unânimes. Ouvir não faz parte da vida. Afinal, nem sempre as coisas caminham como gostaríamos.

Aceitar o não tem a ver com o modo como a pessoa foi criada. Se desde pequena alcançava tudo o que queria, sem passar por grandes frustrações e sem acatar os nãos necessários, a pessoa cresce esperando que o mundo lhe diga sempre sim.

Quando ouve o não que não costuma ouvir a pessoa fica desapontada. Significa que essa pessoa é imatura, por que a maturidade começa exatamente quando aprendemos a ouvir não.

A psicóloga Miriam Barros chama a atenção para este detalhe.

Saber ouvir não seria, então, um sinal de crescimento. Revela, por exemplo, que temos consciência de que há conquistas difíceis ou impossíveis, sendo obrigatório ter paciência em muitos momentos da vida. E, mais que tudo, o quanto é imprescindível lidar e suportar as frustrações.

A pessoa mostra que criou dentro de si a faculdade de lidar com as contrariedades e, dessa forma, ganha mecanismos internos para resolver conflitos que o cotidiano apresenta.

E tudo isso sem inconformismo ou desespero, sem raivas impróprias, sem brigas desnecessárias. Torna-se um ser humano acessível, tolerante, que sabe negociar, explica a psicóloga Marina Vasconcelos, da Universidade Federal de São Paulo.

A psicologia nos ensina também que quem não desenvolver essa habilidade tem grandes chances de virar um indivíduo arrogante e autoritário, que quer as coisas do seu jeito, impondo situações aos outros sem se colocar no lugar deles.

Haverá resistência para obedecer ordens, seguir regras, respeitar o espaço alheio. Com certeza tudo isso se refletirá em várias áreas da vida.

Para as pessoas que não sabem ouvir um não. Pare e pense antes de reagir. A primeira atitude a tomar, para começar a aceitar o não, é mudar a forma de pensar sobre o mundo e as pessoas, adverte Miriam Barros.

Entenda que nem sempre as coisas serão do seu jeito.

Aprenda que sofrer faz parte da existência e viver dá trabalho.

Procure respeitar seus semelhantes quando eles lhe dizem não.

Reflita por que as pessoas que convivem com você o chamam de inflexível, orgulhoso e autoritário.

Repita para si mesmo que o mundo não gira em torno de você. As pessoas não são obrigadas a atendê-lo na hora em que você quer e da maneira que deseja. Por fim, acredite que aceitar as negativas é algo desafiador e estimulante para seu crescimento.

Com certeza, será preponderante para um desenvolvimento pessoal mais consistente.

Pense nisso.

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